Quem procura sinceramente, encontra |
A
verdade – todos estamos atrás dela. Encontrá-la nem sempre é fácil, porém. Ainda
assim, existem maneiras de filtrar nosso mundo em busca dos fatos verdadeiros,
peneirando todas as enganações e falsidades de nossa vida. O livro How to Fail at Almost Everything and Still
Win Big: Kind of the Story of My Life (em tradução livre, “Como falhar em
quase tudo e ainda assim se dar muito bem: meio que a história da minha vida”),
de Scott Adams, cita seis filtros que podem nos ajudar nessa tarefa. No
entanto, todos têm seus defeitos. Experiência
pessoal pode ser um bom filtro em alguns casos, mas em muitos outros as
percepções humanas são duvidosas. A
experiência de pessoas que você conhece pode servir como boa base para
filtrar a verdade, mas é algo ainda menos confiável. A palavra de experts tem o
poder de ajudar a separar fato de boato, mas vale lembrar que eles trabalham
por dinheiro, não pela verdade maior. Estudos
científicos são geralmente excelentes fontes de informação, mas nem sempre
correlação é causalidade. O senso comum
existe por um motivo – é muitas vezes verdadeiro –, mas usá-lo vem com o
prejuízo de confundi-lo com total confiança. Reconhecimento de padrões é interessante para jogar fora o que não
faz sentido e, portanto, não é verdadeiro, mas padrões, coincidências e
preconceitos pessoais são parecidos na mente humana.
O
que mais nos ajuda a encontrar a verdade? Consistência.
Quando alguma coisa é consistente, tem a melhor chance de ser verdadeira.
Aliás, consistência é o que os cientistas procuram em seus estudos e teorias. “Em
nossas vidas bagunçadas, o mais próximo que podemos chegar à verdade é através
da consistência. Consistência é a base do método científico. Cientistas se
aproximam da verdade através da realização de experimentos controlados,
tentando observar resultados consistentes. Em nossa vida não científica,
fazemos a mesma coisa, mas não de maneira tão impressionante ou confiável”,
afirma Adams em seu livro.
A
consistência não precisa ser uma experiência controlada para ser útil ao
tomarmos uma decisão ou buscarmos a verdade. Quando você encontra um padrão,
isso pode ajudá-lo a reconhecer resultados repetíveis – que são os verdadeiros.
“Por exemplo, se cada vez que você come pipoca, uma hora mais tarde você solta
muitos gases, você pode razoavelmente assumir que pipoca te deixa com gases.
Não é ciência, mas ainda é um padrão totalmente útil. A consistência é o melhor
marcador da verdade que temos, mesmo sendo um marcador imperfeito”, explica
Adams.
A
falta de consistência também é um sinal quando se busca a verdade. “Ao buscar a
verdade, a sua melhor aposta é buscar a confirmação em pelo menos duas das
dimensões da lista [acima]. Por exemplo, se um estudo científico indica que
comer nada além de bolo de chocolate é uma excelente maneira de perder peso,
mas seu amigo que está tentando a dieta está ficando cada vez mais gordo, você
tem duas dimensões que não concordam entre si (três, se contarmos o bom senso).
Isso é uma falta de coerência”, exemplifica.
Por
fim, para inspirá-lo a buscar a verdade em sua vida, deixo-o com algumas
palavras de sabedoria de Mahatma Gandhi: “Mesmo se você é uma minoria de um, a
verdade é a verdade.”
Nota:
Interessante... Eu poderia dizer que abracei a cosmovisão cristã-criacionista
justamente pelos motivos apresentados acima. Vejamos: (1) Experiência pessoal –
tenho me relacionado mais intensamente com o Criador ao longo de duas décadas e
posso afirmar que, para mim, essa experiência é bem real; sinto a presença
dEle; Ele Se revela em pequenos e grandes eventos, em situações humanamente
inexplicáveis e também nas corriqueiras. (2) A experiência de pessoas que você
conhece – conheço muitas pessoas que se relacionam com Deus de maneira íntima e
numa base racional, e, justamente pelo fato de conhecê-las e de saber que são
inteligentes e equilibradas, e que passam por experiências semelhantes às minhas
(e algumas até muito mais impressionantes), não posso duvidar do que elas dizem.
(3) Palavra de experts – já li muita
coisa escrita por experts em áreas
como teologia, arqueologia, geologia, biologia, etc., etc.; assisti a palestras
e tive aulas com muitas delas; pessoas que compatibilizam bem ciência e
religião e que sabem do que estão falando; pessoas com currículo invejável, com
anos de estudos teóricos e práticos; pessoas que, pelo menos, devem ser levadas
a sério. (4) Estudos científicos – são muitos os realizados pelo Geoscience
Research Institute e pela Sociedade Criacionista Brasileira (para citar apenas
duas entidades) que corroboram a visão criacionista; e são muitas as pesquisas
na área da arqueologia bíblica que confirmam o pano de fundo histórico da
Bíblia; por uma questão de honestidade intelectual, é preciso conhecer essas
pesquisas e os argumentos, antes de pensar em descartá-los. (5) Senso comum –
há bilhões de cristãos em todo o mundo que acreditam em basicamente tudo o que
eu acredito; pessoas de todas as classes e formações; muita gente que pensa de
maneira racional e tem bom senso; aliás, a imensa maioria dos seres humanos crê
na existência de Deus. (6) Reconhecimento de padrões – a verdadeira conversão
age na vida das pessoas promovendo certos padrões de pensamento e de
comportamento; as pessoas que vivem intensamente sua religião geralmente têm
mais paz, esperança, saúde física e mental, e bons relacionamentos (e isso é
respaldado por muitas pesquisas científicas). (7) Consistência – juntando todo
o pacote acima e muitos outros motivos, posso afirmar que vejo consistência na
cosmovisão que abracei e que ela me ajudou a encontrar a verdade: Jesus Cristo
(João 8:32). E percebo que essa visão de mundo não fica devendo nada (muito
pelo contrário) ao naturalismo filosófico e ao ateísmo. [MB]