Tudo planejado |
[Meus
comentários seguem entre colchetes. – MB] Você provavelmente já ouviu falar que
o leite materno é incrível. Médicos, nutricionistas, revistas, blogs e até
mesmo estranhos adoram informar uma mulher grávida de todos os milhões de
benefícios da amamentação que, aliás, diversas pesquisas científicas já
confirmaram. O engraçado é que, apesar de tudo isso, os estudiosos ainda estão
tentando entender exatamente como esse líquido mágico funciona. Ninguém discute
o valor nutricional do leite materno. É um fato dado que ele possui tudo que
seu bebê precisa nos primeiros anos de vida. Nem água é necessário dar a um
recém-nascido, visto que o leite materno hidrata. No entanto, a amamentação é
mais do que um alimento: pode ser um medicamento potente e um poderoso meio de
comunicação entre as mães e seus bebês. Como? Ao que tudo indica, o sistema
imunológico do bebê de fato conversa com o da mãe por meio dos mamilos.
Nada disso é de espantar, visto que as mulheres têm desenvolvido esse sistema por [supostos] 300 milhões de anos [e o milagre mais uma vez é atribuído à evolução cega!].
Nada disso é de espantar, visto que as mulheres têm desenvolvido esse sistema por [supostos] 300 milhões de anos [e o milagre mais uma vez é atribuído à evolução cega!].
Sabia
que seu leite lentamente se personaliza às necessidades do seu bebê,
“recalibrando” sua composição para levar em conta sua idade e até mesmo a
temperatura exterior (em um clima mais quente, adiciona mais água para hidratar
o bebê de forma mais eficaz, por exemplo)? É, o leite materno é algo muito
complexo. A matéria de Angela Garbes no site The Stranger ajuda a entendermos
um pouco melhor como ele age. Garbes entrevistou Katie Hinde, bióloga
evolucionista que possui um blog sobre amamentação. [E mesmo com toda essa
complexidade que depende de informação complexa e específica, há quem consiga
acreditar contra todas as evidências que processos evolutivos cegos seriam capazes
de dar origem a esse mecanismo.]
De
acordo com Hinde, quando um bebê mama no peito da sua mãe, um “vácuo” é criado.
Dentro desse vácuo, a saliva do bebê é sugada pelo mamilo da mãe, onde os
receptores em sua glândula mamária leem seus sinais [sensores químicos surgem
do nada?]. A saliva contém informações sobre o estado imunológico do bebê. Tudo
o que os cientistas sabem sobre a fisiologia indica que essa troca de saliva é
uma das coisas que o leite materno usa para ajustar sua composição imunológica.
Se os receptores da glândula mamária detectam a presença de patógenos, eles
obrigam o corpo da mãe a produzir anticorpos para combatê-lo, e esses
anticorpos viajam através do leite materno de volta para o corpo do bebê,
protegendo-o, por exemplo, de infecções.
Como
você pode imaginar, por esta e muitas outras razões, o leite materno é de
grande interesse para os cientistas em áreas como microbiologia e química
dos alimentos.
Quando
entendemos a forma como a amamentação funciona, todos os seus benefícios ficam
ainda mais evidentes. Já que seus componentes nutricionais e imunológicos mudam
todos os dias de acordo com as necessidades específicas individuais da criança,
não é de admirar que seja atribuído ao leite materno todo o tipo de vantagens,
incluindo um QI mais alto e menor taxa de obesidade.
Nota:
Se um mecanismo de tamanha complexidade como esse fosse desenvolvido pelo ser
humano, seus criadores seriam aclamados como tremendamente inteligentes. [MB]