Vivinho da Silva |
A
presença de um pulmão em peixes de águas profundas, os celacantos, revela a
capacidade de adaptação desses peixes míticos de 400 milhões de anos [segundo a
cronologia evolucionista] - é o que [disse] a revista britânica Nature Communications nesta terça-feira.
Até 1938, os celacantos só eram conhecidos na forma de fóssil, o que dava a
entender que eles tinham desaparecido na mesma época que os dinossauros. Depois,
um sul-africano pescou um desses peixes - evento considerado então como uma das
maiores descobertas zoológicas do século 20. Esses peixes ganharam o status de “fósseis vivos”, e desde então
não param de encantar os pesquisadores. “Nós conseguimos confirmar a presença
de um pulmão em uma das espécies vivas do celacanto e temos a prova do caráter
comum entre esse pulmão e o pulmão calcificado dos celacantos fossilizados”,
explicou à AFP Paulo M. Brito, do departamento de Zoologia da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), co-autor do estudo.
Estudando
dissecções de exemplares adultos e reconstituições 3D dos diferentes estados de
desenvolvimento do pulmão, a equipe de pesquisadores colocou em evidência a
existência de um pulmão potencialmente funcional e bem desenvolvido nos
embriões. Depois, o ritmo de crescimento do pulmão é consideravelmente
diminuído para virar um “vestígio” nos celacantos adultos.
“As
formas fosseis dos celacantos, que viviam nas águas profundas, possuíam um
pulmão funcional [como podem saber tanto sobre órgãos fossilizados?]. Desde a
era mesozoica, os celacantos se adaptaram às águas profundas - onde o oxigênio
é fornecido pelos brônquios - e podem ter perdido a respiração pulmonar com a
redução acentuada desse pulmão” único, apontou Brito.
Segundo
o brasileiro, essa adaptação às águas profundas pode explicar a sobrevida da
espécie numa época em que inúmeros animais, incluído os dinossauros,
desapareceram.
(Info)
Nota: Conforme
me explicou um amigo biólogo especialista em peixes, “o fato é que esse trabalho não tem ‘nada novo do ponto de
vista de ser ou não ser um pulmão’, e a forma como aparece no jornal é
meramente sensacionalista. Essa ‘notícia’ deveria ter aparecido em 2010 ou
antes (não rastreei tudo que foi publicado), afinal, ‘the fatty organ of
Latimeria, enclosing anteriorly the vestigial lung, presents a
such dorsal turn up’. Resumindo o meu pensamento: os autores descrevem somente
e nada mais que a alometria (e que tenho que admitir, está corretíssimo no
título do trabalho) no desenvolvimento da estrutura dita ‘pulmão’. Em outras
palavras, o bicho se desenvolve e cresce, mas a estrutura não acompanha de
forma proporcional esse crescimento... resultando em ser ‘vestigial’! Finalizando,
volto a bater na tecla do problema que sempre levanto: jornalistas de ‘ciência’ precisam ser mais
criteriosos com o que escrevem.”
Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: Consideremos a história
evolucionária do celacanto:
1.
Esse peixe grande e bem adaptado apareceu plenamente formado há [supostos] 410
milhões de anos – no início do Período Devoniano.
2.
O Período Devoniano não está tão distante da Explosão Cambriana – um dos
maiores embaraços para a teoria da evolução desde o tempo de Darwin.
3.
Os celacantos viveram vigorosamente por [supostos] 344 milhões de anos, com algumas mudanças.
4.
Os celacantos nunca evoluíram para animais terrestres, apesar das estórias da
carochinha contadas com suas barbatanas ósseas evoluindo para pernas.
5.
O celacanto apareceu vivo em 1938, apesar das estórias de sua extinção com os
dinossauros.
6.
Durante todo esse tempo, o celacanto não evoluiu para outro animal, continuou celacanto. Estase, e estase é dado
científico.
7.
A lacuna de 66 milhões de anos coloca em cheque a linha de tempo
evolucionária.
8.
Essa pesquisa quer ressuscitar agora a noção evolutiva de “órgãos vestigiais”.
E com o celacanto?