Mais uma descoberta desconcertante |
Um fóssil descoberto na Espanha revelou um pequeno
mamífero já extinto que viveu há [supostos] 125 milhões de anos na região.
Diferentemente de outros fósseis dessa idade, ele apresentava estruturas de pele, pelos e tecidos moles bem
preservados. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (14) na revista Nature. Até o momento, esse grau de
conservação só tinha sido visto em mamíferos que viveram mais de [supostos] 60
milhões de anos depois do que o que foi identificado em Las Hoyas, no
centro-leste da Espanha. “Havia condições muito especiais em Las Hoyas que
permitiram que ele fosse tão bem preservado”, disse Thomas Martin, professor de
paleontologia da Universidade de Bonn, na Alemanha, e um dos autores do estudo.
A espécie, nomeada Spinolestes xenarthrosus,
tinha o tamanho de um rato e características típicas de mamíferos, como pelos
longos, orelha externa e uma variedade de estruturas de pele, como pequenos
espinhos similares aos dos ouriços de hoje em dia. “Essa espécie desapareceu há
muito tempo, isso mostra que espinhos se desenvolveram separadamente em
mamíferos em diversas ocasiões”, disse Martin.
Os pesquisadores dizem que a descoberta acrescenta mais
dados à compreensão da grande variedade de mamíferos que tinham se desenvolvido
naquela época, [supostos] 35 milhões de anos depois do aparecimento dos
primeiros mamíferos.
Nota: O que essa descoberta “acrescenta” é que
o fóssil era em todos os sentidos praticamente igual aos seus parentes contemporâneos,
com todas as estruturas complexas de que ele se compõe perfeitamente identificáveis.
“Acrescenta” também que fica cada vez mais difícil explicar como estruturas
frágeis (tecidos moles) puderam ser preservadas por tantos milhões de anos. Mas
eles quase não tocam nesse assunto. (Em anos recentes, têm sido feitas várias e
desconcertantes descobertas como essa. Confira aqui.) [MB]
Veja também o PDF da pesquisa que mostra a presença de Carbono 14 em fósseis de dinossauros (clique aqui).
Veja também o PDF da pesquisa que mostra a presença de Carbono 14 em fósseis de dinossauros (clique aqui).