Uma história inspiradora |
No
tapete vermelho da estreia do filme “Hacksaw Ridge”, no Centro Sheen (Nova
York), na última quarta-feira (16), o premiado ator e diretor Mel Gibson falou
sobre o soldado cristão Desmond Doss, que serviu na Segunda Guerra Mundial, e o
incrível exemplo de fé que ele deu, por não negociar seus princípios e até
mesmo aceitando “virar a outra face” para aqueles que zombaram dele. “Hacksaw
Ridge” é baseado na extraordinária história real de Doss (interpretado por
Andrew Garfield), que serviu em Okinawa durante a mais sangrenta batalha no
Pacífico e milagrosamente salvou 75 homens sem disparar um tiro. Doss serviu
como soldado do Exército dos EUA na Segunda Guerra Mundial, mas se recusou carregar
uma arma em combate por causa de suas crenças pessoais como adventista do sétimo
dia. Consequentemente, pensou que seria mais apropriado servir como médico
durante a guerra. “Você
não pode deixar de se inspirar quando ouve falar dessa história. Quando eu li o
roteiro me senti tocado. É uma história que vale a pena contar. Se você vai
passar 18 meses ou dois anos em um projeto, também pode se certificar de que é
uma história que vale a pena contar e é definitivamente isso que aconteceu”,
disse Gibson em entrevista ao The
Christian Post.
O
filme detalha o heroísmo de Doss, um médico do Exército, cuja única arma no
campo de batalha durante a guerra era a oração. O soldado cristão teve a chance
de salvar a vida de mais de 75 homens, durante um confronto, em Okinawa. “Só
mais um Senhor”, orou Doss, enquanto carregava sozinho seus companheiros de
infantaria. “Desmond estava operando em outro reino. Em uma situação onde os
homens vão para a guerra e a maioria é reduzida ao nível dos animais, ele
conseguiu se manter superior, com seu propósito e pôde explorar sua virtude.
Ele se moldou nessa experiência”, continuou Gibson. “Ele dizia a si mesmo que
não era ele quem fazia isso. Algo maior do que ele estava fazendo. Ele disse
que estava orando o tempo todo.”
Em
“Hacksaw Ridge” há uma cena em que Doss é posto à prova por membros do seu
pelotão que o agrediram e tentavam forçá-lo a revidar. Em vez disso, o soldado
cristão decidiu seguir o exemplo de Jesus e “dar a outra face”, algo que Gibson
sustenta que é muito difícil de fazer. “É muito difícil. Mesmo quando estávamos
filmando aquela cena, Andrew e eu estávamos pensando: ‘Cara, se alguém fizesse
isso comigo, eu revidaria com um soco na cara.’ Mas foi muito importante que
ele não fizesse isso e que ele fosse melhor do que isso ou acima disso”, disse
Gibson. “Ele não se importava com o que as pessoas pensavam dele - e muitos
pensavam que ele era algum tipo de covarde ou algo assim, mas ele não era,
claramente. Ele foi um dos mais corajosos de todos os tempos. Ele não negociou
suas convicções e eu acho que ser capaz de ir tão longe e não revidar,
amaldiçoando as pessoas que nos ferem, é uma grande decisão”, acrescentou.
Gibson
confessou que dar a outra face é algo que ele tem dificuldade em fazer, mas
afirmou que admira Doss por seu grande exemplo de fé e autocontrole.
Quando
perguntado sobre o impacto que a história de Doss poderia causar nesta geração,
Gibson disse: “Bem, ele viveu tudo isso em um tempo antes do nosso, e desde
então já tem havido pessoas incríveis, que fizeram coisas inspiradas por seu
exemplo. Eu acho que qualquer um pode olhar para uma história como essa e
avaliar a si mesmo. Nós somos testados em determinadas circunstâncias e aqui temos
um homem comum fazendo coisas extraordinárias em circunstâncias incrivelmente
difíceis. Se ele pôde fazê-lo, por que outras pessoas não conseguiriam o mesmo?”,
questionou Gibson.
Em outubro de 1945, o inspirador soldado recebeu a Medalha de Honra do Congresso, entregue pelo presidente Harry S. Truman. Doss morreu em 23 de março de 2006, aos 87 anos de idade, e foi enterrado no Cemitério Nacional de Chattanooga, no Tennessee.
“Hacksaw
Ridge” já foi lançado nos Estados Unidos e tem previsão de estreia no Brasil
para 17 de janeiro de 2017. (Guia-me)
Primeiro Deus |
No
Brasil, a história de fidelidade de outro adventista chamou a atenção da mídia.
Trata-se do exemplo de fé do goleiro Vítor (conheça a história dele aqui). Jornais como a Folha de Londrina e
o site do Globo Esporte deram destaque à história dele. Confira o que o jornal paranaense publicou:
“O
goleiro Vitor, 31 anos, está de volta ao futebol. E também a Londrina. O
jogador será o principal reforço do PSTC para o Campeonato Paranaense de 2017.
Ídolo da torcida alviceleste, “São Vitor” vai retornar aos gramados depois de
seis meses de uma aposentadoria forçada no auge da carreira. Vítor deixou o
Tubarão em maio, após não ter o seu contrato renovado. Adventista, o
goleiro comunicou ao clube a intenção de guardar o sábado – a religião prega
que os seguidores não façam atividades entre o pôr do sol de sexta-feira até o
pôr do sol de sábado [depende das atividades, claro]. Como o LEC tinha uma
Série B pela frente, com diversos jogos na sexta à noite e no sábado, o vínculo
do titular do clube nas últimas duas temporadas não foi estendido.
“‘Estou muito feliz e satisfeito porque o clube me abriu as portas e respeitou minha crença e minha fé. Feliz por encontrar um clube que me aceita. E mais entusiasmado ainda porque vou voltar a fazer o que gosto e tentar dar continuidade ao momento maravilhoso que eu vivia no Londrina’, afirmou.
“Após
sair do LEC, o goleiro voltou a Salvador, criou uma marca de camisetas cristãs
e viajava pelo Brasil para testemunhar em outras igrejas. O convite para
defender o time de Cornélio Procópio veio através de um telefonema. ‘Foi coisa
de Deus mesmo. Não fiz nada, não tenho empresário e não fiz contato com nenhum
clube’, frisou. ‘Estes meses não foram fáceis e vivi muito pela fé. Mas, sempre
alimentei a possibilidade de voltar a jogar e, por isso, mantive a forma física’,
lembrou.
“Vitor
será apresentado oficialmente no dia 1º de dezembro no CT do PSTC, em Londrina,
e terá quase dois meses para se preparar para a volta ao futebol. O Paranaense
começa no dia 29 de janeiro. Sobre a necessidade de guardar o sábado, o goleiro
afirmou que não houve qualquer objeção por parte do novo clube. ‘Eles já
sabiam da minha condição e me ligaram sabendo disso. Tem um fisioterapeuta no
clube que também é adventista e eles já estão acostumados. Fizemos um acordo
rápido’, revelou o jogador, que firmou um acordo apenas para a disputa do
Estadual.
“O
goleiro afirmou que a notícia pegou muitos familiares de surpresa, mas que
deixou todos também em euforia pelo seu retorno ao futebol. ‘Eles também estão
presenciando um milagre de Deus. Muitos imaginavam que eu não jogaria mais.
Mas, é possível conciliar a fé com a profissão. Uma coisa não atrapalha a outra’,
ressaltou. ‘Voltar a Londrina também é um motivo de felicidade. Quando fomos
embora todos ficaram muito tristes. Fizemos muitas amizades e agora fomos
abençoados com esta volta e ainda podendo jogar futebol.’”
Nota 1:
Enquanto no mundo político, religioso e físico os sinais da volta de Jesus
ocorrem um após o outro (dois terremotos nesta semana, por exemplo – veja aqui
e aqui),
Deus tem Seus meios de chamar a atenção das pessoas para verdades bíblicas importantes,
como a fidelidade a qualquer custo e a guarda do sábado. Testemunhos como o de Doss e do Vítor têm o poder de fazer as pessoas pensar e reavaliar suas convicções.
Enquanto alguns podem pensar que é loucura arriscar a vida por pessoas que “não
merecem” e colocar em risco a carreira profissional, esses dois e muitos outros
cristãos mostram que princípios devem ser inegociáveis e a fidelidade a Deus
deve estar acima de tudo. [MB]
Nota 2:
Clique aqui e adquira o livro que conta a história que inspirou o filme.
Nota 3: Algumas igrejas adventistas em Portugal e nos Estados Unidos estão aproveitando o momento para distribuir na porta dos cinemas o livro que conta a história de Doss. #FicaaDica