Ele
estava no auge da carreira quando decidiu abandonar o futebol. A razão?
Preparar-se para o fim do mundo. A religião sempre teve um papel central na
vida de Carlos Roa, internacional argentino que, aos 29 anos, recusou propostas
milionárias e desapareceu durante alguns meses. O tempo passado em isolamento,
nas montanhas, permitiu ao goleiro “ficar mais próximo da família”. Quando
sentiu falta do futebol, regressou “relaxado e feliz” – mas o tempo dele já
tinha passado, e a carreira não voltaria a ser o que era. Carlos Roa não teve
um início fácil: estreou no campeonato argentino aos 19 anos, pelo Racing
Avellaneda. [...] A aventura europeia começou em 1997-98. [...] Veio o Verão e
Carlos Roa juntou-se à seleção argentina para o Mundial 1998. Titular indiscutível
na equipe de Daniel Passarella, não sofreu qualquer gol na fase de grupos e
voltou a ser decisivo nos pênaltis, perante a Inglaterra, nas oitavas-de-final.
[...]
Roa
era um herói nacional e na época, 1998-99, foi eleito o melhor goleiro do
campeonato espanhol. Havia sobre a mesa uma proposta milionária do Manchester
United, mas o goleiro tinha tomado a decisão de abandonar o futebol para
dedicar-se a “transmitir a palavra de Deus”, como pastor [sic] da Igreja
Adventista do Sétimo Dia. À semelhança de outros crentes, acreditava que a
mudança de milénio traria o fim do mundo. A camiseta 13 do Maiorca (“O 1 é
Deus, a criação, e o 3 porque Cristo ressuscitou ao terceiro dia”) deixou de
ter dono, Roa libertou-se de todos os bens e retirou-se para um lugar incerto.
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