Outro
dispositivo a que toda experiência sobre a origem da vida recorre é o sifão
para proteger os produtos finais que foram formados. Os aminoácidos são
delicados e facilmente se quebram, voltando aos elementos dos quais eles são
compostos. Quando a eletricidade ou o calor são usados como fonte de energia
para induzir os elementos químicos a se ligarem e formar aminoácidos, essa
mesma energia pode também quebrá-los. Assim, o pesquisador tem que achar alguma
forma de proteger os delicados compostos químicos. A solução é construir
um sifão que remova os aminoácidos do local da reação assim que são formados, para
protegê-los da desintegração. O aparato de Miller era um quadrado de vidro com
tubulação ligada a um bulbo no topo, cheio de eletrodos para criar faíscas, e
uma elevação em forma de “U” na parte de baixo, cheia de água para capturar os
aminoácidos. Miller drenava o sifão para remover os aminoácidos da área da
reação a fim de que não se quebrassem de novo.