Só faltou chamar de fundamentalistas |
A seleção feminina de basquete do
Catar se retirou de quadra antes do início da partida contra a Mongólia, válida
pelos Jogos Asiáticos. O motivo foi a impossibilidade de jogar com o hijab,
acessório que cobre a cabeça das jogadoras. Segundo Anna Jihyun You,
membro do Comitê Organizador, os árbitros não receberam instruções para
permitir que as jogadoras atuassem com hijab. Segundo ela, o uso de chapéus,
acessórios de cabelo e joias é absolutamente proibido. O chefe de missão
do Catar, Khalil Al Jabir, reclamou da atitude dos juízes: “Se viemos até aqui,
é porque achávamos que poderíamos jogar com hijab. Ninguém nos disse que não
seria permitido. Esperamos esclarecimentos”, desabafou o dirigente. Os
Jogos Asiáticos reúnem quase 10 mil atletas de 45 países em mais de 35
modalidades. Em esportes como badminton, tiro e atletismo, as atletas do Catar
puderam entrar em ação com o hijab na cabeça. Porém, cada federação rege sua
modalidade e algumas entidades realmente não permitem o uso de
acessórios. A Federação Internacional de Basquete (FIBA) afirmou que está
lançando, em forma experimental, um regulamento que permite o uso de acessórios
na cabeça. Porém, essa regra só é permitida em competições nacionais. Uma
revisão completa em 2016 irá decidir se vai ocorrer uma mudança de regra
permanente após os Jogos Olímpicos.
Comentário do leitor Rafael Francisco Dummer, de Porto Alegre, RS: “Da série
direitos com que quase ninguém se preocupa. Parabenizo a firmeza delas. Viva a
liberdade religiosa!”