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A geologia diluviana interpreta a história
geológica da Terra em termos de catástrofes associadas a um dilúvio universal,
conforme descrito no livro do Gênesis. A paleontologia, por sua vez, é a
investigação científica da história passada da vida na Terra, sendo de
considerável interesse para a comunidade criacionista. A paleontologia
criacionista está relacionada geralmente à história da morte em massa dos
organismos e não necessariamente a como eles teriam vivido. Assim, veremos aqui
alguns fatos que sugerem a veracidade do relato bíblico de nossas origens e
que, a propósito, não estão contemplados nos livros didáticos.
Formação rápida de camadas sedimentares na natureza. Em 1967, o geólogo criacionista norte-americano
Edwin McKee relatou suas observações de que camadas poderiam ser formadas
rapidamente na natureza com a ação da água.[1] Para McKee, o depósito era um
sistema de camadas formadas simultaneamente, onde os sedimentos haviam sido
depositados na mesma forma estratigráfica encontrada nas rochas da coluna
geológica. Ele chegou a essas conclusões por meio de suas pesquisas com o
evento que ocorreu em 1965, no rio Bijou Creek, no estado do Colorado, EUA.
Esse rio transbordou devido a uma chuva torrencial que durou 48 horas e
produziu um depósito de sedimentos de 3,5
metros. Esse depósito apresentou classificação de partículas e planos de
estratificação.
Em 1980, ocorreu a erupção do Monte Santa Helena,
localizado no Estado de Washington, EUA. Essa erupção e seus fluxos
piroclásticos provocaram deslizamentos de terra que derrubaram florestas, e árvores
foram sendo arrastadas e enterradas em pé, nos sedimentos depositados no fundo
do Lago Spirit Lake.[2, 3] Ademais, a erosão rápida formou pequenos cânions e
houve formação de turfeiras devido ao acúmulo de cascas, folhas, galhos e
raízes de árvores. Mas o resultado principal desse evento catastrofista é que,
em três horas de fluxo catastrófico (erupção e deslizamento), foi produzido um depósito de sedimentos de sete metros, demonstrando a possibilidade de
formação rápida de estratos geológicos.
Além disso, geólogos criacionistas estudaram o
curioso caso de troncos de árvores arrastados e depositados na posição
vertical, em diferentes momentos, com suas raízes enterradas em diferentes
níveis, no fundo do lago Spirit Lake, com sedimentos em torno de suas bases, e que
explicariam a formação rápida dos “fósseis poliestratos” ou da floresta
petrificada do parque Yellowstone, representantes fósseis que, sob a
perspectiva evolucionista, atravessam eras evolutivas.[4-7] Um dos geólogos que
se destacou em publicações científicas sobre as “florestas fósseis” foi o Dr.
Harold Coffin (in memoriam), membro
da Igreja Adventista do Sétimo Dia e pesquisador do Earth History Research
Center mantido pela Southwestern Adventist University. Ele foi o primeiro
cientista a entrar na área do Spirit Lake.
Outro geólogo que chamou a atenção da comunidade científica em relação às florestas petrificadas do Parque Nacional de Yellowstone foi o pós-doutor em geologia Arthur Chadwick.[8] O Dr. Chadwick também é membro da IASD e, na época, pesquisador da Universidade de Loma Linda. Ele conduziu um estudo que esclareceu a história deposicional das árvores petrificadas nessa região.
Outro geólogo que chamou a atenção da comunidade científica em relação às florestas petrificadas do Parque Nacional de Yellowstone foi o pós-doutor em geologia Arthur Chadwick.[8] O Dr. Chadwick também é membro da IASD e, na época, pesquisador da Universidade de Loma Linda. Ele conduziu um estudo que esclareceu a história deposicional das árvores petrificadas nessa região.
Formação rápida de camadas estratigráficas em laboratório. Os experimentos de laboratório do
Dr. Guy Berthaut têm sido utilizados por criacionistas como evidência para fortalecer a tese da formação rápida de todas
as camadas estratigráficas devido a catástrofes associadas a um dilúvio
universal. Esses experimentos confirmaram a pesquisa anterior do Dr. Edwin
McKee. Os experimentos foram feitos em grandes canaletas com paredes de vidro,
por onde passava água contendo sedimentos. Assim, a deposição dos sedimentos
podia ser observada.[9-11]
Berthaut demonstrou que o escoamento da água tende
a segregar os sedimentos de acordo com o tamanho das partículas (granulometria).
As partículas, por sua vez, passam então a desacelerar pelos sedimentos já
depositados, dando origem a lâminas superpostas que se formam na direção do
escoamento. Por meio desses experimentos ficou demonstrada a natureza mecânica
da estratificação.
Berthaut descobriu também que os estratos
podem ser formados ao mesmo tempo, tanto na vertical quanto na horizontal, convalidando
as observações anteriores de Johanes Walther, que demonstrou que os Princípios
da Estratificação não se aplicam quando há escoamento.[12] O experimento
sugeriu de igual modo que as camadas sobrepostas não se sucedem
cronologicamente. Pesquisas similares obtiveram os mesmos resultados: a
estratificação é resultante da sedimentação produzida pelo escoamento da água.[13,
14] Portanto, é possível que a formação das camadas encontradas na coluna geológica tenha sido resultante de um processo hidrodinâmico rápido e não de uma sedimentação lenta
por milhões ou bilhões de anos.
No entanto, não podemos afirmar que
o trabalho de Guy Berthault seja suficiente para servir de argumentação de que todos os depósitos sedimentares ocorreram de forma rápida. Isso porque, conforme
explica o geólogo criacionista Dr. Marcos Natal, professor de Geologia e
Paleontologia do UNASP, “a estratificação espontânea é um fenômeno natural,
reconhecido e facilmente explicado, mas não reflete tudo que observamos nas
bacias sedimentares”. Segundo ele, “o que o experimento demonstra é a formação
de lâminas através de um princípio mecânico muito simples. Embora encontremos
laminas nas bacias sedimentares, a feição principal são camadas, muitas delas
maciças (não laminadas), que podem chegar a 200m, 300m, 400 metros ou mais, com
estruturas internas às vezes muito complexas”.
Dr. Natal acrescenta que “são várias as
estruturas sedimentares que os experimentos de Berthault não reproduzem, tais
como: laminação cruzada cavalgante, laminação convoluta, estratificação cruzada
acanalada, calhas, canais, estruturas do tipo “espinha de peixe”,
estratificação humocky, entre outras. Os turbiditos, por exemplo, uma feição
sedimentar descrita já na década de 60 e hoje reconhecida e constatada
amplamente, não se forma por estratificação espontânea, mas obedece aos
princípios da estratigrafia. Além disso, os ambientes sedimentares que estão se
desenvolvendo atualmente (deltas, estuários, lagos, lagunas, recifes, ilhas
barreira, golfos, etc) não apresentam semelhança com o modelo proposto por
Berthault.
Ademais, analisa o geólogo adventista Dr.
Natal, “o experimento é feito com partículas, ou seja, grãos sedimentares que
dão origem às rochas detríticas ou clásticas. Entretanto, existe uma categoria
de rochas sedimentares que não são formadas por grãos. São as rochas
sedimentares químicas como os calcários, cherts e evaporitos. Como o próprio
nome diz, são precipitados químicos em uma bacia sedimentar e não partículas
(grãos)”.
Por outro lado, “é bem possível que haja no
registro sedimentar estruturas sedimentares produzidas por estratificação
espontânea, como propõe Berthault, mas elas representam apenas uma parcela
muito pequena quando consideramos as bacias sedimentares em todo o seu contexto”, comenta o geólogo. Para ele, “como criacionistas acreditamos sim que as rochas
sedimentares se formaram de forma rápida, mas o modelo de estratificação
espontânea não seria o mais apropriado para explicar como isso ocorreu”.
Coluna geológica reproduzida em laboratório. Existem evidências que mostram que as camadas
que compõe a “coluna geológica”, tidas pelo paradigma atual como sendo
“cronológicas”, se formaram pela sedimentação leve e calma. Isso sugere evidências
a favor de catástrofes associadas a um dilúvio global. Peraí! Mas no dilúvio as
águas não estavam turbulentas? Sim, estavam. Mas após o dilúvio a água começou
a perder o ritmo, misturada a muita lama e sedimentos. Houve soterramentos
rápidos de animais, cujas posições na coluna geológica possivelmente se deram de acordo com alguns fatores (motilidade, flutuabilidade e zoneamento ecológico) e, posteriormente, mais sedimentos foram se
acomodando gradualmente e formando os diferentes estratos que podemos observar
nas montanhas ou nos cânions.
No que diz respeito à formação de fósseis, sabe-se que esse processo não ocorre em "milhões de anos". Os dados atuais mostram que o início de formação de um fóssil - a fosfatização, isto é, a formação da proteção inicial que protege os tecidos moles da degradação - se dá dentro de algumas horas após o soterramento do animal, e pode levar até algumas semanas para que o processo de fossilização esteja completo.[15-17] No livro Princípios
da Estratigrafia, encontramos que, em algumas formações onde esqueletos
articulados de grandes animais são preservados, “o sedimento deve tê-los
coberto dentro de alguns dias, no máximo”.[15: p. 128] Há evidências de situações e organismos fossilizados que
sugerem um soterramento instantâneo, tais como águas-vivas,[18, 19] cérebro de
peixe,[20] ictiossauro dando à luz seu filhote,[21] peixe engolindo outro peixe,[22]
pterossauro e outros dois peixes no momento em que se alimentavam um do outro,
sem qualquer vestígio de digestão.[23]
Nesses casos, cristais minerais formaram-se
em seus tecidos logo após a morte do organismo, iniciando o processo de
fossilização, antes que a decomposição do tecido se estabeleça. Em 1993,
cientistas estavam estudando fósseis de camarões encontrados no estômago de
alguns peixes fossilizados e bem preservados, por sinal.[24] Eles descobriram que
a partir da indução de bactérias é possível criar camarão fóssil em apenas quatro
a seis semanas. Um artigo da New
Scientist comentou a descoberta: “Em apenas algumas semanas, eles
conseguiram imitar um processo de mineralização que levaria milhões de anos na
natureza.”[17: p. 17] Ao mesmo
tempo, pesquisas mostram que peixes começam a indicar sinais de decomposição em
poucos dias ou semanas após a morte.[25]
Experiências com crustáceos, por exemplo,
tais como camarões, têm demonstrado que essas criaturas se decompõem em algumas
semanas.[26, 27] Por sua vez, ossos deixados expostos na superfície são
geralmente destruídos por predadores e decompositores em alguns dias ou
semanas, enquanto conchas podem durar centenas de anos, se as condições forem
favoráveis.[28] Em 2003, um estudo evidenciou que carcaças de vertebrados se
decompõem pela ação de bactérias na água dentro de um a seis meses, enquanto no
interior da terra as larvas de insetos decompõem os vertebrados a partir de duas
semanas.[29] Em 2016, cientistas forenses submergiram carcaças de porcos em um
laboratório subaquático.[30] Os experimentos conduzidos demonstraram que a
carcaça pode ser decomposta até ao osso dentro de três ou quatro dias.
É fato que a maioria dos evolucionistas
uniformitaristas argumenta que alguns processos são muito lentos, mas não é
isso que vemos nos dados apresentados acima. No entanto, conforme comenta o
geólogo Dr. Marcos Natal, “o que deveria estar em discussão não é exatamente a
velocidade de fossilização, mas sim, quanto tempo se passou desde que o fóssil
se formou, ou seja, qual a idade da rocha que os contém. Segundo alguns
evolucionistas, fósseis até podem se formar muito rápido, em pouco tempo, mas
estão na rocha há muito tempo. É neste ponto que precisamos concentrar nossa
discussão”.
A análise do geólogo brasileiro Dr. Natal é realmente válida.
Porém, não podemos deixar de lado o fato de que, sendo rápido o processo de fossilização,
isso fortalece de igual modo o modelo de formação rápida de estratos geológicos
que, possivelmente, tenham soterrado de forma repentina os diversos fósseis espalhados
pelo globo devido a catástrofes de grandes proporções. Em seu livro In the Beginning, o engenheiro mecânico Dr. Walter Brown descreve uma pesquisa que ele realizou em estratigrafia em que foram utilizados dois galões interligados com um cano. Em um desses galões foi colocada água, e no outro, diferentes tipos de solo. Foram aplicados nesses galões movimentos do tipo de uma balança. A ideia era simular o que teria acontecido durante o dilúvio de Gênesis, assumindo-se maré alta e maré baixa. O resultado foi a presença de estratigrafia (a mesma formação em camadas que vemos hoje na natureza).
Em 1979, a propósito, uma equipe liderada pelo paleontólogo Dr. Leonard Brand, na Universidade de Cornell, EUA, desenvolveu uma pesquisa em laboratório que demonstrou de forma inesperada a possibilidade de a coluna geológica ser classificatória.[31-33] O Dr. Brand é membro da Igreja Adventista e professor titular da Universidade Adventista de Loma Linda, na Califórnia. Mais detalhes podem ser encontrados aqui. Os experimentos de Brand e sua equipe mostraram que a sequência dos fósseis de animais na coluna geológica era resultado do fator flutuabilidade dos corpos, e não do fator peso. Isso porque, após a morte, alguns vertebrados tendem a flutuar mais tempo do que outros. As aves flutuam uma média de 76 dias, os mamíferos 56 dias, os répteis 32 dias, e os anfíbios cinco dias.[34: p. 162] Portanto, a pesquisa pode ser um indício de que a coluna geológica é classificatória e não cronológica. Após fazer essa descoberta, ele ficou tão impressionado que se tornou criacionista.
Coluna geológica de cabeça para baixo. A “coluna geológica”, tal como mostrada nos
livros didáticos, não reflete exatamente a realidade. Parte dessa coluna geológica é encontrada de
cabeça para baixo no Paquistão. Aos pés das montanhas de Karakorum, na Salt
Range Formation, cientistas descobriram plantas e insetos fossilizados.[35, 36] De uma perspectiva evolucionista,
eles pertencem à parte de cima da coluna geológica, isto é, às camadas mais
recentes. No entanto, essa formação está debaixo de rochas cambrianas, as quais
supostamente têm mais de 400 milhões de anos. Então, por que fósseis de vidas
mais complexas estão abaixo dos fósseis considerados primitivos? Esse é um
problema para o darwinismo que parece ainda não ter sido resolvido.[37]
Essas descobertas apoiam a versão bíblica da
história da Terra a partir da qual a “coluna geológica” seria uma consequência
de catástrofes associadas a um dilúvio global. Não é surpresa alguma a ordem do
registro fóssil, com criaturas marinhas abaixo das terrestres; e criaturas mais
ágeis, tal como as aves, perto do topo, conforme mostrado no tópico anterior.
Mas como a Salt Range Formation testifica, os gráficos ordenados incluídos nos
livros didáticos, que mostram camadas sucessivas tidas como “cronológicas”, talvez não
correspondam às pesquisas de campo.
Por outro lado, o geólogo criacionista Dr.
Marcos Natal comenta que “sequencias de rochas com camadas invertidas são
comuns na coluna geológica desde a base até o topo, principalmente em regiões
dobradas e/ou falhadas. No Brasil temos vários exemplos, principalmente nos
terrenos pré-cambrianos que cobrem mais da metade do território brasileiro.
Cabe aos geólogos, através de técnicas de mapeamento geológico, identificar
estas inversões e reconstituí-las na sua posição original”.
Formação rápida de rochas graníticas. Podemos encontrar evidências de uma “Terra jovem” nos
elementos radioativos. Foi descoberto que rochas graníticas (encontradas em
toda parte no planeta) contêm alguns radio-halos produzidos por isótopos de
polônio primordial (quando não existe um precursor identificável desse
elemento). Os halos de polônio – anéis formados por danos causados pela radiação
na estrutura cristalina do mineral hospedeiro – foram encontrados em granitos
considerados pré-cambrianos, revelando que esse tipo de rocha possivelmente foi
formado de forma repentina (em torno de três minutos).[38, 39]
Essa pesquisa foi conduzida pelo Dr. Robert
Gentry, físico nuclear e a maior autoridade mundial em halos de polônio. Ele é
membro da Igreja Adventista e foi premiado com um doutorado honorário da
universidade adventista Columbia Union College. As descobertas de Gentry
resultaram na autoria e coautoria de mais de 20 artigos em publicações
científicas, tais como Science, Nature, Geophysical Research Letters,
Annual Review of Nuclear Science e Earth
and Planetary Science Letters. Mais detalhes podem ser encontrados aqui.
No entanto, para o geólogo brasileiro Dr.
Marcos Natal, embora “os trabalhos do Dr. Gentry tenham sido importantes na
tentativa de demonstrar a origem rápida dos granitos, eles devem ser
considerados com cautela já que os granitos não são as rochas primordiais da
crosta terrestre e também aparecem em toda a coluna geológica. Algumas das
amostras que o Dr. Gentry coletou para o seu estudo eram de granitos intrudidos
em rochas sedimentares com fósseis e, portanto, mais jovens que estes. Existem
granitos que intrudem rochas do Cenozóico (conforme a coluna geológica padrão),
supostamente pós-diluvianas, não sendo, obviamente, primordiais, daí a
necessidade de cautela na utilização destes dados”.
Camadas de rochas dobradas e não fraturadas. Em diversos locais do planeta estratos de
rochas sedimentares foram curvados em dobras mais ou menos regulares; algumas
de pequena dimensão, outras em extensões de vários quilômetros.[40, 41] Como uma série de camadas sedimentares
poderia dobrar sem quebrar? Uma das possibilidades seria se todas as camadas
sedimentares tivessem sido depositadas espontaneamente, em rápida sucessão e,
em seguida, dobradas enquanto ainda estivessem macias e maleáveis. A geometria
arqueada dá margens à interpretação de que os estratos ainda estavam em estado macio, não litificados,
no momento da deformação. Essas constatações, portanto, reforçam a hipótese de
formação recente das dobras de rochas devido a catástrofes associadas a um
dilúvio global.[3, 42]
Mas vale lembrar, conforme explica o geólogo
Dr. Marcos Natal que, “o padrão de dobramento de um estrato sedimentar
inconsolidado é bem diferente do padrão de um estrato consolidado (litificado).
Isto é facilmente demonstrado em experimentos como, por exemplo, nos estudos de
resistência de materiais. Existe no registro sedimentar dobras
sinssedimentares, formadas geralmente por “slumpings”, que ocorreram antes ou
durante a litificação, entretanto os dobramentos verificados nas cadeias de
montanhas ocorreram no final ou após a litificação. Isto pode ser observado em
estudos petrográficos e de microtectônica. Alguns minerais neoformados (aqueles
que se formaram durante a diagênese e litificação) podem aparecer deformados
pelo evento que dobrou as rochas, indicando que a deformação foi posterior à
diagênese. A deformação ocorre geralmente em profundidade, com temperaturas da
ordem de 200°C. Sabemos disto estudando os minerais que estão contidos nas
rochas. O fraturamento ocorre normalmente por alívio de pressão à medida que
estas rochas acendem a superfície”.
Rápidas transformações topográficas e retorno da vegetação. A partir da experiência repetida e uniforme,
é possível constatar que em questão de horas grandes extensões de terra podem
ser transformadas radicalmente por catástrofes naturais. Em 1883, por exemplo,
o vulcão Perbuatão, na ilha de Krakatoa, Indonésia, explodiu e fez afundar dois
terços da ilha, que tinha anteriormente uma área de 40 km2,
deixando-a biologicamente morta. Em apenas 50 anos, uma nova e pequena ilha
chamada Anak Krakatau já havia emergido no lugar da antiga ilha e toda a fauna
e flora estavam recuperadas.[43, 44]
Em 1963, a ilha vulcânica de Surtsey,
localizada no sul da Islândia, simplesmente surgiu no meio do oceano. Em cinco
dias já tinha uma extensão de 600 metros, chegando depois a 2 km. Apenas cerca
de cinco meses foram suficientes para formar uma praia de aparência antiga, com
uma paisagem variada e amadurecida. Quando a ilha foi visitada, parecia que já
estava ali por muito tempo.[34: p. 195, 44]
A ilha vulcânica de Nishinoshima, por sua
vez, foi vista em 1973 pela primeira vez em erupção no meio do oceano pacífico,
a cerca de 1.000 km ao sul de Tóquio. Dentro de um mês, a ilha subiu 25 metros
acima do nível do mar. O mais intrigante é que a terra vulcânica é extremamente
favorável à vida. Em apenas 40 anos, a vegetação já havia florescido.[46]. Esse
surgimento rápido da ilha, e ainda por cima com crescimento rápido de vegetação
após vulcanismos, fortalece a ideia de catástrofes associadas ao dilúvio.
A (im)precisão da Datação Radiométrica por Carbono-14. Por muito tempo na Física Nuclear se pensou
que o decaimento radioativo acontecesse de forma constante. Entretanto, estudo
recente contestou esse postulado ao concluir que a taxa de desintegração de
elementos radioativos não é constante como se imaginava. Alguns grupos de pesquisa
concluíram que as meias-vidas de alguns isótopos variaram ligeiramente em
correlação direta com a menor variação da distância entre a Terra e o sol [47-49]. Assim, eles concluíram que o sol influencia a taxa de decaimento radioativo exatamente como prevê o modelo criacionista
há dezenas de anos atrás [50]. Segundo o astrofísico Eduardo Lutz, o “principal
candidato envolvido é o campo de neutrinos, mas ainda não se pode afirmar isso
até que isso possa ser previsto teoricamente”.
Outra pesquisa, com base em uma projeção, afirma que a queima contínua de combustíveis fósseis irá afetar de igual modo a capacidade dos cientistas de encontrar datas precisas de radiocarbono para nada menos do que 1.000 anos de idade [52]. Especificamente, o CO2 derivado de combustíveis fósseis contém praticamente nenhum carbono-14, apenas carbono-12. A pesquisa indica que em 2050 esse CO2 adicional mudará a composição de carbono da atmosfera fazendo-a parecer ter cerca de 1.000 anos de idade mais antiga. Quaisquer organismos vivos que respiram essa atmosfera terão uma data de radiocarbono de 1.000 anos logo depois que eles morrerem! Em outras palavras, a menos que se descubra como reduzir as emissões de CO2 nas próximas décadas, a capacidade dos cientistas para usar esta técnica de datação vai diminuir.
Evidências de águas subterrâneas. Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262 metros, considerado um dos poços mais profundos já perfurados.[53] O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Os russos ficaram surpresos com os achados. Havia água salina e extremamente quente (a 180 ºC). Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária, Alemanha, e atingiu a profundidade de 9.101 metros.[54] Foi encontrada água quente e salina, com um teor duas vezes maior que as águas dos mares na superfície.
Estudos também têm sugerido que o nível de C-14
do solo não diminui de forma constante com a profundidade como seria de se esperar
se o C-14 atmosférico tivesse sido constante no passado [50]. Pelo contrário,
os níveis de C-14 diminuem a uma taxa aceleradamente rápidos quanto mais
profundos os estratos.
Outro estudo tem relatado que emissões
vulcânicas de CO2 podem resultar até mesmo em idades artificiais de
radiocarbono (idades excessivamente antigas) causadas por excesso de concentração
de CO2 em terras vulcânicas [51].
Outra pesquisa, com base em uma projeção, afirma que a queima contínua de combustíveis fósseis irá afetar de igual modo a capacidade dos cientistas de encontrar datas precisas de radiocarbono para nada menos do que 1.000 anos de idade [52]. Especificamente, o CO2 derivado de combustíveis fósseis contém praticamente nenhum carbono-14, apenas carbono-12. A pesquisa indica que em 2050 esse CO2 adicional mudará a composição de carbono da atmosfera fazendo-a parecer ter cerca de 1.000 anos de idade mais antiga. Quaisquer organismos vivos que respiram essa atmosfera terão uma data de radiocarbono de 1.000 anos logo depois que eles morrerem! Em outras palavras, a menos que se descubra como reduzir as emissões de CO2 nas próximas décadas, a capacidade dos cientistas para usar esta técnica de datação vai diminuir.
Evidências de águas subterrâneas. Em 1989, um projeto iniciado na península de Kola, Rússia, perfurou um poço de 12.262 metros, considerado um dos poços mais profundos já perfurados.[53] O objetivo era analisar o que havia entre a camada de granito e basalto, mais especificamente na zona intermediária. Os russos ficaram surpresos com os achados. Havia água salina e extremamente quente (a 180 ºC). Em 1994, outra equipe perfurou um poço na Bavária, Alemanha, e atingiu a profundidade de 9.101 metros.[54] Foi encontrada água quente e salina, com um teor duas vezes maior que as águas dos mares na superfície.
Como foi parar lá toda essa água salgada?
Note que ambos os poços não estavam próximos ao mar, portanto, não teria como
as rochas ou as camadas terem prendido água salgada entre elas. Baseando-se no
relato bíblico que afirma que todas as fontes das grandes profundezas jorraram
água durante o dilúvio (Gênesis 7:11) e nos achados técnicos de perfuração de
poços ultraprofundos, foi criada em 1980 a Teoria das Hidroplacas, que explica
a questão da existência de águas subterrâneas e seu papel durante o dilúvio.
Mas será que existem evidências científicas que corroboram essa teoria?
Em 2014, um estudo publicado na revista Nature analisou o cristal microscópico
de um mineral nunca antes visto em uma rocha terrestre, que detém pistas para a
presença de uma enorme reserva de água escondida no interior da Terra.[55] Os
cientistas afirmam que entre 410-660 quilômetros abaixo da superfície exista
uma reserva que poderia conter o equivalente a todos os oceanos combinados. Em
2014, outro estudo publicado na revista Science
descobriu um vasto reservatório de água 660 km abaixo da crosta da Terra, na
zona de transição, suficiente para encher os oceanos da Terra três vezes.[56]
Mais informações podem ser encontradas aqui.
Ausência de erosão entre os estratos (contato plano-paralelo). A ausência ou pouca evidência de erosão
observada no contato plano-paralelo entre os estratos geológicos, somadas a esse
fato as evidências de formação espontânea das camadas pela desaceleração e acomodação
lenta de uma mistura de lama, é um grande indício contra o uniformitarismo
geológico.[57-59] Se o evolucionismo estiver correto e as camadas representarem
tempos geológicos de milhões de anos, deveriam existir muitos sinais de erosão
de uma camada para a outra, uma vez que supostamente estiveram expostas por
longo tempo às intempéries. No entanto, não é isso que se observa.
Segundo William R. Corliss, escritor e catalogador
de anomalias científicas, “mais importante para o pensamento geológico são as
inconformidades que sinalizam que grandes pedaços da história geológica estão
faltando, embora as camadas em ambos os lados da inconformidade sejam
perfeitamente paralelas e não mostrem evidência de erosão. Será que milhões de
anos voam sem nenhum efeito perceptível? Uma possível inferência, embora
controversa, é que nossos relógios geológicos e conceitos estratigráficos
precisam ser trabalhados”.[60: p. 219]
Além do mais, os índices de erosão são tão
rápidos que todas as supostas camadas já deveriam ter sido erodidas por
completo, pois como afirma o zoólogo adventista Dr. Ariel Roth, “espera-se uma
média regional de mais de cem metros de erosão em somente quatro milhões de
anos”.[34: p. 195] Ainda segundo
ele, “a taxa atual de erosão de nossos continentes é tão rápida que
esperaríamos que eles fossem erodidos até o nível do mar em mais ou menos dez
milhões de anos”.[61] Roth conclui: “A falta de evidência de tempo na
superfície das camadas subjacentes de uma paraconformidade [superfície plana]
sugere que os longos tempos nunca ocorreram.”[62] Portanto, a pouca evidência
de sinais de erosão nesses intervalos da coluna geológica sugere depósito
rápido, como era de se esperar no caso de um dilúvio.
Formação rápida de cânions. O evento ocorrido em 1926 com o Burlingame Canyon, um cânion nos moldes
do Grand Canyon, porém menor, demonstra que formações geológicas dessa
magnitude podem ser formadas em apenas seis dias, devido ao processo erosivo
causado pelo escoamento de grandes volumes de água.[63] Esse cânion está
localizado perto da cidade de Walla Walla, Washington, EUA. Ele se formou
rapidamente (seis dias) depois do rompimento do Lago Missoula, na bacia de
Walla Walla.
Em 1980, a erupção do Monte Santa Helena
causou um deslizamento de terra e fluxos de lama e cinzas responsáveis por uma
imensa erosão em uma extensão de cerca de 60 quilômetros quadrados, abaixo do ponto
inicial. O fluxo de lama foi transportado por muitos quilômetros abaixo,
correndo um sistema de cânions de até 457 metros de comprimento e 42 metros de
profundidade nas cabeceiras do afluente North Fork, do vale do Rio Toutle, no
sudoeste de Washington, estabelecendo um novo padrão dendrítico de drenagem.[64]
Esse novo terreno possivelmente serve como um vislumbre dos mesmos processos
que formaram o Grand Canyon do rio Colorado. O pequeno “Grand Canyon do Rio
Toutle” é um modelo em escala de um quadragésimo do real Grand Canyon. Os
pequenos riachos que fluem através das cabeceiras do Rio Toutle hoje podem
parecer, pelas aparências atuais, ter esculpido esses cânions muito lentamente,
durante longo período de tempo, exceto pelo fato de que a erosão foi observada
ocorrendo rapidamente.
Outro fato curioso relacionado à formação de cânions
diz respeito à nova descoberta de uma rede imensa de cânions embaixo do gelo da
Antártida.[65] Segundo os pesquisadores, “a rede sinuosa de cânions teria cerca
de mil quilômetros de comprimento e, em alguns trechos, até 1.000 metros de
profundidade. Essas dimensões fariam da formação algo maior que o famoso Grand
Canyon”.[66] O jornalista de ciência Michelson Borges comentou sobre a
descoberta: “Surgem novas evidências de que houve uma catástrofe hídrica que
‘rasgou’ nosso planeta, deixando marcas profundas em sua superfície, incluindo
aí a Antártida. Já não é fácil para os evolucionistas explicar a formação
plano-paralela dos estratos geológicos no Grand Canyon, que sugerem
superposição rápida de toneladas e toneladas de sedimentos; agora imagine
explicar fenômeno semelhante (se for confirmado) debaixo do gelo polar.”[67]
Formação rápida de
petróleo. Muitas evidências indicam que os depósitos de petróleo
foram formados a partir do soterramento rápido de sedimentos e que o petróleo
está sendo formado ainda hoje, um fator que apoia fortemente a conclusão de uma
origem recente.[68-71] Pesquisadores da Exxon, por exemplo, descobriram o
processo de decomposição térmica que ocorre quando os compostos orgânicos são
aquecidos a temperaturas elevadas na presença de água, e esse processo é
significativo para a criação de combustíveis fósseis.[72]
Segundo
os pesquisadores, a água superaquecida desempenha um papel importante na transformação
da matéria orgânica em óleo num tempo relativamente curto.[72] Eles usaram um recipiente
reator sob pressão para misturar materiais orgânicos necessários e bombearam
água superaquecida através das amostras. No fim da experiência, óleo tinha sido
formado na superfície da água. Esse experimento mostra que há um caminho
alternativo para a formação de petróleo na Terra.
Outra
evidência surpreendente está relacionada ao fato de podermos observar na
natureza a formação em tempo real de petróleo na bacia de Guaymas, no golfo da Califórnia.[73,
74] A 1.829 metros de profundidade, acúmulos de sedimentos orgânicos (algas
marinhas e outras fontes orgânicas) em ambiente aquoso estão sendo convertidos
em óleo por meio de pressão e água superaquecida de aberturas geotérmicas.
(Everton Alves)
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