“Das
diversas transições que ocorreram [sic] durante a evolução humana, a transição
de Australopithecus para Homo foi, sem dúvida, uma das mais críticas em sua
magnitude e consequências. Como muitos eventos evolucionários importantes, há
tanto boas como más notícias. Primeiro, as más notícias é que muitos detalhes
dessa transição são obscuros por causa da escassez dos registros fósseis e
arqueológicos.” As boas-novas são que, “embora não tenhamos os muitos detalhes
exatamente como, quando e onde a transição ocorreu de Australopithecus para
Homo, temos dados suficientes de antes e depois da transição a fim de fazer
algumas inferências sobre a natureza geral das principais mudanças que
ocorreram” (Lieberman, Pilbeam, and Wrangham, “The Transition from
Australopithecus to Homo”, p. 1 [fonte]).
Deve
ser por isso (também) que Ernst Mayr admitiu: “Os mais antigos fósseis de Homo, Homo rudolfensis e Homo
erectus estão separados do Australopithecus por uma imensa lacuna sem
ligação. Como podemos explicar essa aparente saltação? Não tendo fósseis que possam
servir como elos perdidos, temos que recorrer ao método da ciência histórica
honrado pelo tempo, a construção de uma narrativa histórica” (Ernst Mayr, What Makes Biology Unique?: Considerations
on the Autonomy of a Scientific Discipline [Cambridge: Cambridge University
Press, 2004], 198).
Nota do blog Desafiando a Nomenklatura Científica: “Mas a teoria da evolução não
tinha sido a maior ideia que toda a humanidade já teve? Como assim depender de narrativa histórica? Ainda
bem que Ernst Mayr era um evolucionista honesto... Diferentemente de alguns
aqui. Eles sabem de quem eu estou falando...”