“E, de um só, fez toda
a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os
tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação” (Atos 17:26).
Cada
pessoa é distinta da outra, e, excetuando os gêmeos idênticos, cada uma possui
um DNA único. Essas diferenças podem ser identificadas por meio das populações
globais e grupos étnicos. Além disso, pesquisas recentes fornecem perspectivas
interessantes em torno do momento em que essas distinções do DNA surgiram na
raça humana. Um novo estudo publicado na revista Science aumentou nosso conhecimento em torno das raras variações
associadas com as regiões genéticas no genoma humano.[1] Aplicando aos dados um
modelo com base demográfica, os pesquisadores descobriram que o genoma humano
deu início à sua diversificação atual há aproximadamente cinco mil anos.
Surpreendentemente, essa data se encontra muito próxima da data bíblica em
torno da diversificação acelerada dos humanos depois do dilúvio.
A
vasta maioria da base de sequências do DNA entre qualquer dupla de humanos é
muito idêntica, portanto, as poucas diferenças podem ser rastreadas entre os
grupos de pessoas. O projeto genoma humano continua a analisar milhares de
humanos por todo o mundo, analisando as variações nas sequências do DNA. Os
pesquisadores conectam essa variação com muitas características humanas e
doenças hereditárias.[2]
Tipicamente,
essa variação é avaliada usando uma única base de sequências de DNA – ou
polimorfismos de nucleotídeo único (inglês: single
nucleotide polymorphisms – SNPs) – entre indivíduos e populações. Devido ao
tipo de tecnologia de “chip genético” estandardizado normalmente usado, a
maioria das análises SNP avalia apenas as partes mais variáveis do genoma
humano. Como tal, elas excluem as muito menos variáveis regiões codificadoras
de proteínas.
O
recente artigo presente no estudo da Science
analisou as sequências do DNA de 15.585 regiões genéticas codificadoras de
proteínas do genoma humano – 1.351 americanos com descendência europeia, e 1.088
americanos com descendência africana.
Os
dados se revelaram ideais para examinar o percurso da variação genética humana
através do tempo, principalmente devido ao fato de as regiões codificadoras de
proteínas serem menos tolerantes do que as outras partes do genoma, no que toca
a variações sequenciais; essas regiões registam dados mais fiáveis, ou
informação genética histórica menos “ruidosa”.
Normalmente,
os evolucionistas incorporam hipotéticas linhas temporais na ordem dos milhões
de anos – retiradas da interpretação evolucionista da paleontologia – ou linhas
temporais “emprestadas” – provenientes de outros autores – para desenvolver e
calibrar os modelos em torno das modificações genéticas através do tempo.[3]
Em
contraste com isso, o estudo da Science
usou modelos demográficos das populações humanas segundo o tempo histórico
conhecido e o espaço geográfico conhecido. Os dados resultantes revelaram uma
recente e maciça explosão de diversidade genética humana.
Os
autores escreveram: “O limite máximo provável para o crescimento acelerado foi
há 5.115 anos.”
Quem
acredita numa Terra com milhões e milhões de anos tem agora mais um desafio
importante: explicar por que – e após “milhões de anos” sem qualquer tipo de
diversificação genética entre os humanos – a diversidade genômica humana
explodiu precisamente nos últimos cinco mil anos.
No
entanto, os mesmos dados se alinham e confirmam a história bíblica. Uma vez que
a data fornecida pelo autor representa um tempo máximo, a diversificação de DNA
provavelmente ocorreu mais cedo. A linha temporal bíblica indica que o dilúvio
ocorreu há cerca de 4.500 anos e isso se ajusta dentro do tempo máximo que os
pesquisadores estimam.
A
Palavra de Deus claramente indica que os humanos modernos descendem dos três
filhos de Noé – Sem, Cão e Jafé – e das esposas
deles. Tal redução dramática (conhecida como bottleneck, “pescoço de garrafa”) do tamanho geral da população
humana certamente precederia uma explosão da diversidade genética – tal como
ocorre nas populações animais.[4]
Os
dados genéticos provenientes dessa pesquisa confirmam de modo poderoso um dos
eventos-chave da Bíblia, bem como sua linha temporal (Terra jovem). Obviamente
que os descrentes podem continuar a defender que a Terra tenha “milhões de
anos” e que o dilúvio de Noé seja um “mito”. O problema é que eles fazem isso
não seguindo o que os dados mostram, mas contrariamente ao que Deus e a ciência
demonstram.
Referencias:
1.
Tennessen, J. et al. 2012. “Evolution and functional impact of rare coding variation
from deep sequencing of human exomes.” Science,
337 (6090): 64-69.
2.
McCarthy, M. et al. 2008. “Genome-wideassociation studies for complex traits: consensus, uncertainty and challenges.”
Nature Reviews Genetics, 9: 356-369.
3.
Thomas, B. “Circular Reasoning in Polar Bear Origins Date.”
ICR News. Posted on icr.org, May 9,
2012, accessed July 13, 2012.
4.
Custance, A. 1980. The Seed of the Woman.
Brockville, Ontario: Doorway, 73. Also available online at custance.org.