Grau de preservação impressionante |
Um
coração fossilizado de um peixe com 100 milhões de anos [segundo a cronologia
evolucionista] foi achado na Chapada do Araripe, na cidade do Crato, interior
do Ceará. A descoberta foi anunciada [na] quarta-feira (20) na revista eLife. De acordo com a revista, a imagem
digitalizada da descoberta mostra o coração fossilizado em três dimensões
perfeitamente preservado do peixe com cerca de 113 a 119 milhões de anos de
idade [idem], encontrado no Brasil, chamado Rhacolepis. De acordo com a eLife é a primeira vez na história que
se tem certeza da descoberta de um coração fossilizado de um vertebrado. Segundo
a publicação, a descoberta demonstra o potencial para mais descobertas dessa
natureza, permitindo que mais discussão sobre a anatomia comparada dos órgãos moles em organismos extintos e
como eles evoluíram ao longo do tempo.
Para
José Xavier Neto, do Laboratório Nacional de Biociências Brasileira, encontrar
um coração fossilizado completo em um peixe quase 120 milhões de anos é
considerado um “grande avanço” para os estudos na área no Brasil. Também
participaram da equipe que descobriu o fóssil Lara Maldanis da Universidade de
Campinas, Vincent Fernandez da Facilidade Europeia Síncrotron Radiação e
colegas do Brasil e da Suécia.
“Pela
primeira vez, nós realmente temos um ponto de dados para estudar a anatomia em
detalhe de um coração fossilizado em um grupo extinto de peixes da Chapada do
Araripe”, declarou o pesquisador José Xavier.
Nota:
Já é impressionante a quantidade de fósseis marinhos encontrados lá em Crato,
região tão distante do mar. Agora, explicar a preservação de tecidos moles, sem
que tenha sido por um evento hídrico catastrófico, isso, sim, é que é difícil!
Ou esses animais poderiam ter “esperado” tempo suficiente no ambiente até que
fossem fossilizados, sem que seu coração se decompusesse? [MB]