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Em
2015, Kelvin Cochran, chefe dos bombeiros de Departamento de Bombeiros de
Atlanta, Georgia, foi demitido após escrever um livro sobre o pecado
original e suas consequências. Entre as afirmações, ele classifica a
homossexualidade e o lesbianismo como “perversão sexual”. Por causa dos
protestos de grupos LGBT, ele acabou sendo demitido. Diferentemente do Brasil,
nos Estados Unidos, não existe a mesma estabilidade dos concursos públicos. Agora,
o doutor Eric Walsh [foto ao lado] é quem luta na justiça contra sua demissão. Funcionário do
Departamento de Saúde Pública da Geórgia, o motivo de sua exclusão do quadro
funcional do Estado é o fato de ele ser pastor e pregar contra a
homossexualidade [note: não contra os homossexuais]. Além de médico, ele foi
ordenado [ao ministério] pela Igreja Adventista do Sétimo Dia e seus sermões
estão disponíveis no YouTube.
Além
de ser formado em Medicina, ele possui doutorado em Saúde Pública. Trata-se de
um profissional reconhecido, tendo sido parte do Conselho Consultivo sobre o
HIV/AIDS do presidente Barack Obama.
Seus
advogados estão processando o governo da Georgia, baseados em uma Lei de
Direitos Civis, de 1964, que proíbe decisões de empregadores que tenham como
base motivos religiosos.
Documentos
que foram divulgados pela sua defesa e comprovam que funcionários do
Departamento de Saúde usaram como “prova” os sermões do pastor, nos quais ele
defende o casamento tradicional. Para o médico, trata-se de algo orquestrado
por militantes LGBT que já se manifestaram contra ele em um evento numa
universidade.
O
processo está em andamento desde 2014 e na época Walsh afirmou em comunicado
que não “podia acreditar” que sua demissão foi por motivos alheios ao serviço. “Sou
filho de uma mãe solteira que sempre me ensinou qual era a nossa fé. Aprendi na
igreja a importância de estudar e esses valores [cristãos] me levaram a querer
servir aos necessitados. Foi por isso que me tornei médico e continuarei
divulgando minha crença. A minha fé é importante para mim; frequentemente falo
sobre ela em igrejas e conferências”, disse.
E
acrescentou: “Eu não posso acreditar que eles me demitiram por causa de coisas
que eu falei em meus sermões. Não consegui mais emprego na saúde pública desde
então. Ao rever meus sermões, me demitiram por causa das minhas crenças
religiosas. O Estado da Geórgia destruiu a minha carreira no serviço público.”
Jeremy
Dys, um dos advogados de Walsh, afirmou à imprensa: “Se é permitido ao governo
demitir alguém com base no que disse em um sermão, então poderão vir atrás de
qualquer um de nós por causa de nossas crenças... Precisamos garantir que cada
cidadão tenha o direito de falar sobre sua fé na igreja, sem ser demitido ou
impedido de trabalhar no serviço público.”