Vou
contar em três minutos / Como foi a nossa história: / Foi cheia de desafios, / Mas
também foi de vitória.
Lá
no Chile, houve um casal, / Uns franceses convertidos: / Ana e Claude
Dessignet, / Ainda bem desconhecidos.
E
dois séculos atrás, / No ano de oitenta e cinco, / Houve alguém que aceitou / A
mensagem com afinco.
Foi
Dupertius mais a esposa, / Que leu em uma revista, / Lá em Felícia, Santa Fé, /
Com a ajuda de um batista.
A
notícia de um batismo / Na Suíça, em Neuchatel, / Transformou os Peverini / Co’a
mensagem lá do Céu.
Pedro
que era um “romano” / E Cecília, uma valdense, / Descobriram a verdade / Com um
certo ar de suspense,
Lendo
a história em um jornal / Criticando o tal batismo, / Mas citava a editora / Pertencente
ao adventismo.
Com
a ajuda dos Rostán, / Contataram Basiléia, / Receberam outros livros. / Foi
assim a epopeia.
Jorge
Riffel e Maria, / Ambos vindos da Crimeia / E mais outras três famílias – / Dava
quase uma assembleia –
Foram
para Entre Rios / Pra falar aos Argentinos / Do evangelho de Jesus, / Pra
espalhar os Seus ensinos.
Vou
contar agora um pouco / Como a nova alvissareira / Atingiu o nosso povo
Nesta
pátria brasileira.
Alguns
russos emigraram – / Como foi na Argentina – / Para o sul de nossa pátria, / Lá
em Santa Catarina.
Foi
com um certo Davi Hort, / Numa humilde mercearia / Em Brusque, Santa Catarina,
/ Que esta história principia.
Carlos
Dreefke, imigrante, / Recebeu pelo Correio, / Um pacote de revistas / Livre de
qualquer custeio.
Como
as coisas continuavam, / Com muita desconfiança, / Resolveu abrir mão delas / Com
o medo da cobrança.
Por
um tempo as encomendas / Foram bem distribuídas / Por um “colportor” bebum, / Que
comprava então bebidas.
Que
ironia: as mensagens / Do amor do Deus da graça / Foram dadas por tostões / Pra
comprar uma cachaça!
Umas
folhas Hort usava / Pra envolver mercadoria. / Dava um bom papel de embrulho / E
gerava economia.
E
um dia – um certo dia / Já marcado pelos Céus / Um papel de embrulho desses / Alcançou
Guilherme Belz.
Uma
folha da mensagem / Despertou-lhe a atenção / Quando veio embrulhando / Uma
barra de sabão.
Logo
ele e a esposa Johanna, / Após terem estudado, / Aceitaram a mensagem / Sobre o
dia consagrado.
E
assim a história mostra / Com clareza e exatidão / Que os raios da verdade / Vão
vencendo a escuridão.
Quando
livros são deixados / Pela mão do colportor / As sementes se antecipam / À
chegada do pastor.
E
assim foi na Bolívia, / No Peru, no Paraguai, / Na Argentina, no Brasil, / No
Chile e no Uruguai.
Pastor
Frank Westphal – / Precisamos mencionar – / Foi o primeiro pastor / A aqui vir
trabalhar.
Enfrentou
muitas durezas: / Frio, calor, perigos mil, / Escassez, o desconforto / Nesta
terra do Brasil.
Tudo,
eu sei, no Céu está / Certamente anotado / E só lá vamos saber / Do completo
resultado.
Um
batismo então primeiro / Nesta terra ocorreu, / Foi aqui perto da gente / Que o
fato aconteceu.
Foi
Guilherme Stein Jr, / No Rio Piracicaba. / E outros vieram logo após e / A
história não se acaba.
Ainda
há muito pela frente, / Muita história pra contar, / Muitas almas à espera / De
alguém pra as resgatar.
Os
pioneiros semearam, / Outros vieram pra regar / E agora cabe a nós / A colheita
realizar.
Logo
o Mestre vem nas nuvens / E não haverá tardança. / Vai coroar os Seus obreiros /
Desta Terra de Esperança.
(Josiéli Nóbrega, Nei
Matsumoto, Héber Aragão, Lília Goulart e José Newton da Silva Júnior)