Quando
o erro é examinado de forma exaustiva, invariavelmente as contradições internas
tornam-se evidentes. Só a Verdade é que sobrevive ao exame minucioso. Uma das
instâncias em que isso é notório é na posição mantida pelos naturalistas ateus.
O ateu afirma: “Recuso-me a acreditar em qualquer coisa que não seja natural –
cuja explicação não possa ser encontrada na natureza. Tudo tem que – e pode –
ser explicado por meio de processos naturais.”
Portanto, segundo o naturalismo
ateu, a existência de tudo o que se encontra no Universo – bem como o Universo
em si – têm que ser explicada por meios naturais; nada não natural (ex.: um Ser
sobrenatural) pode ser levado em consideração.
O
geólogo evolucionista Robert Hazen, que obteve um PhD em Earth Science
(Harvard), é um cientista de pesquisas no Geophysical Laboratory, da Carnegie
Institution of Washington, e professor de Earth Science na George Mason
University. Em sua série de palestras com o nome de “Origins of Life”, Hazen
disse: “Nesta série de palestras eu faço a pressuposição básica de que a vida
emergiu segundo um tipo de processo natural. Proponho que a vida surgiu como
efeito de uma sequência de eventos que são completamente consistentes com as
leis naturais da Física e da Química. Com essa pressuposição, alinho-me com a
forma de pensar da maioria dos cientistas. Acredito num universo que está
ordenado segundo essas leis naturais. Tal como outros cientistas, dependo do
poder de observação, dos testes e do raciocínio teorético para entender a forma
como o Universo chegou até nós da forma que está” (2005).
O
problema é que, ao manter essa forma de pensar, o naturalista rapidamente
esbarra numa parede de fatos científicos que contradizem sua posição.
As
leis da ciência são declarações formais (repetidamente provadas pela ciência)
em torno do que acontece na natureza, sem exceção. O naturalista não pode
manter uma visão que contradiga as leis da natureza, sem ao mesmo tempo entrar
em contradição. Mas é nessa posição em que ele se encontra ao postular uma
explicação que contradiz as leis da natureza ou mais pontos. Por exemplo, a
explicação do adepto do naturalismo em torno da origem da matéria e da energia
(isto é, geração espontânea ou existência eterna) não é natural, visto que
contradiz a Primeira e a Segunda Leis da Termodinâmica (Miller,
2007).
O
naturalista tem que continuar a se contradizer ao alegar um processo não natural
para a origem da vida (isto é, abiogênese, que contradiz a Lei da Biogênese; Miller,
2012). Para piorar as coisas, o naturalista tem que se contradizer ao alegar
que os vários tipos de formas de vida podem gerar tipos de vida totalmente
distintos através da “macroevolução” – um processo que, ao contrário da
“microevolução” [que
não é evolução nenhuma], nunca foi observado na natureza.
A
abiogênese, a geração espontânea e a “macroevolução” são sugestões não naturais,
uma vez que nunca foram observadas na natureza, embora sejam fundamentais para
a visão não natural do naturalista. Isso demonstra que a visão naturalista é
autocontraditória. Se é autocontraditória, então é falsa.
A
cosmovisão que está de acordo com as evidências – e que não se contradiz – é a
visão cristã descrita nas páginas da Bíblia Sagrada. O naturalista não consegue
explicar o Universo sem recorrer a métodos não naturais. O cristão não tem
problemas com as explicações sobrenaturais, uma vez que a Bíblia declara que
Deus – um Ser sobrenatural – criou o Universo e a vida contida nele [...].
A
Verdade não se contradiz. Quando ela é examinada, mantém-se firme. Quando uma
pessoa decide combater a Verdade, invariavelmente prejudica a si mesma.
“Disse
o néscio no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido e têm cometido
abominável iniquidade: não há ninguém que faça o bem” (Salmo 53:1).
(Apologetic Press, via
Darwinismo)
Referências:
Hazen, Robert (2005),
“Origins of Life”, audio-taped lecture (Chantilly, VA: The Teaching Company).
Miller, Jeff (2007), “God
and the Laws of Thermodynamics: A Mechanical Engineer’s Perspective”, Reason & Revelation, 27[4]:25-31,
April, http://www.apologeticspress.org/articles/3293
Miller, Jeff (2012), “The
Law of Biogenesis [Parts I & II]”, Reason
& Revelation, 32[1/2]:1-11,13-22, January-February, http://www.apologeticspress.org/APContent.aspx?category=9&article=4165&topic=93
Thompson,
Bert (2002), The Scientific Case for
Creation (Montgomery, AL: Apologetics Press).