A
Califórnia, sempre a Califórnia, o estado mais excêntrico, moderninho,
“progressista” (e falido) dos Estados Unidos, “avançou” na frente dos outros
uma vez mais: aprovou
lei que permite ao transexual escolher qual banheiro pretende usar: “A
Califórnia tornou-se nesta terça-feira o primeiro estado americano a permitir
que estudantes transexuais escolham se desejam usar os banheiros ou vestiários
masculinos ou femininos em suas escolas. A medida, que se aplica do jardim de
infância ao ensino médio, foi assinada pelo governador Jerry Brown na
segunda-feira, mas só entrará em vigor em 1° de janeiro de 2014. Mesmo assim,
já vem despertando debate. [...] Os apoiadores da medida alegam que a nova lei
ajudará a diminuir os casos de bullying.
A lei era uma demanda antiga de famílias com filhos transexuais a escolas país
afora, com casos que terminaram inclusive em batalhas judiciais. No entanto,
alguns pais se opõem à norma, afirmando que a presença de transexuais nos
banheiros pode confundir seus filhos.
“‘Não
é porque eles estão confusos que têm que confundir os outros também’, protestou
Maria Garcia à CNN. Karen England, diretora do Capitol Resource Institute,
condenou a Assembleia Legislativa e o governador Brown por ‘espalhar valores de
São Francisco’ em todo o estado. ‘Não se pode forçar algo tão radical em cada
turma de escola da Califórnia’, criticou. Karen ressalta que a lei não exige
que os alunos comprovem ter qualquer problema de identidade de gênero, cabendo
aos diretores de escola confiar na informação passada pelos próprios
estudantes. ‘Como fica o direito à privacidade de uma menina do Ensino
Fundamental que queira ir ao banheiro ou tomar banho e que tenha que se
preocupar de dividir vestiário com um menino?’, argumentou.”
Em
nome do combate ao preconceito e dos “direitos” das minorias, cada vez mais o
estado ignora os direitos da maioria e os valores tradicionais, criando
situações realmente estranhas. Podemos pensar em um rapaz jovem, que não se
“sente” homem naquele dia (lembrando que não é preciso comprovar ter o
distúrbio – até porque a França já nem considera isso distúrbio mais),
resolvendo adentrar em um banheiro com mocinhas peladas, desde a mais tenra
idade. Afinal, ele vivia um conflito de gênero.
Estranho?
Absurdo? Arriscado? Nada disso! Puro preconceito pequeno-burguês moralista de
sua parte! Quem é você para dizer se ele é homem mesmo, ou uma mulher presa no
corpo de homem? Ele é quem sabe! E, naquele dia, ele achou que era ela, ele
“sentiu” ser uma donzela, e ficou com vontade de compartilhar com suas colegas
um banho coletivo. Quem disse que mulher barbada era coisa só de circo?
As
mudanças de hábitos e costumes são pendulares às vezes. Ninguém deseja, espero
eu, regressar a tempos em que o machismo predominava, mulheres tinham menos
direitos, e gays eram alvos de perseguição crônica e duros ataques violentos
(como em países socialistas e islâmicos, curiosamente defendidos pelos
“progressistas”). Mas tudo indica que o pêndulo exagerou para o outro lado, não
é mesmo?
O
estado resolver invadir a intimidade das crianças com sua agenda politicamente
correta, expondo-as ao perigo e ao desconforto de situações realmente bizarras,
é algo que passou dos limites do aceitável. Banheiros femininos com mictórios:
era só o que faltava!
(Rodrigo Constantino,
Veja)