Feita para "encantar" |
[Meus
comentários seguem entre colchetes. – MB.] Uma exposição em São Paulo convida
o visitante a entrar em um túnel do tempo para conhecer as origens do ser
humano [como se fosse fácil assim... Pelo visto, é uma exposição de ficção científica]. É a história da
nossa evolução contada com muito realismo [mas será que é realista?]. É pôr o
pé para viajar no tempo. Está tudo lá: quando dividimos, pela última vez, um
ancestral comum com os chimpanzés [Que ancestral foi esse? Fácil afirmar,
difícil provar], há mais ou menos 7 milhões de anos [segundo a cronologia
evolucionista], até chegarmos àquele que é considerado o nosso parente mais
distante, o Homo sapiens, surgido há
200 mil anos [idem]. “Eu achei que não ia ser uma coisa legal. Mas, chegando
aqui, estou encantada”, diz uma visitante [é isto que os evolucionistas querem:
“encantar”, em lugar de convencer com fatos reais]. Foram quase nove anos para
montar a maior exposição sobre a evolução humana na América Latina. O acervo
original é da Universidade de São Paulo (USP). Todas as peças foram copiadas
para mostrar a evolução do cérebro, da aparência do homem [“Mostrar a evolução
do cérebro”? Como assim? Quer dizer que escolher aleatoriamente fósseis de
macacos e de seres humanos, organizá-los numa sequência fictícia e expô-los
significa mostrar a evolução do cérebro?
E as discussões a respeito da necessidade de acréscimo de informação genética
para que tivesse havido a tal evolução? E as discussões a respeito da tremenda
diferença entre o cérebro humano e dos macacos? Isso não é assunto para essa
exposição. O que se pretende é encantar...].
“A parte que eu mais gostei foi a da dentição, porque mudou muito”, comenta
Nayara Rogeri, de 9 anos. “As fêmeas gostavam mais de homens com dente grande.
Eu nunca ia imaginar que era isso”, diz a estudante Natalie Ferreira. [Claro
que ela não ia imaginar, até que os artistas e os evolucionistas imaginassem
por ela.]
Até
chegar às réplicas foram muitas outras e por um bom tempo. É que os artistas
plásticos que assinam os trabalhos precisaram ser encontrados, treinados,
capacitados mesmo [pelo jeito, quem mais trabalhou mesmo nessa exposição foram
os artistas plásticos. Deveria ser uma exposição de arte, não uma exposição
pretensamente científica]. Um trabalhão que levou quase três anos. “Demorou
tanto tempo porque é muito detalhada [obra de arte mesmo]. Foram muitas
réplicas até chegar à réplica perfeita”, explica o curador da exposição, Walter
Neves.
Réplica
perfeita, por exemplo, de uma cova que teria sido preparada na Rússia, há 28
mil anos [idem], com todos os pertences do morto. [E aí misturam fato com
ficção. Fato: descoberta de uma cova antiga na Rússia; ficção: evolução do
cérebro humano. Na cabeça dos visitantes da exposição – principalmente das
crianças – fica a impressão de que tudo ali é factual, quando não é.]
A
exposição é um convite para pensar na grandiosidade da nossa história.
[Grandiosidade? O que querem, mais uma vez, é afirmar que somos descendentes de
animais e que viemos da caverna, não de um jardim.]