[Meus
comentários seguem entre colchetes. – MB] Pássaros e humanos estão bem
distantes na história evolutiva [sic], mas compartilham uma habilidade rara
entre outros animais: a linguagem falada. Não, você não leu errado. Para muitos
cientistas, inclusive o neurobiólogo Erich Jarvis, da Universidade Duke
(Estados Unidos), não existe diferença biológica entre o canto de alguns
pássaros e a fala humana. O pesquisador e sua equipe acabam de anunciar, no encontro
anual da Sociedade Americana para o Progresso da Ciência (AAAS, na sigla em
inglês), realizado [...] em Boston, que identificaram em mandarins-diamante e
beija-flores um grupo de 40 genes ligados ao controle da fala semelhantes aos
encontrados em humanos.
Jarvis
estuda as bases biológicas da linguagem há 20 anos. Na maior parte de suas
pesquisas, examina o comportamento e o cérebro desses dois pássaros e de
papagaios – os três têm em comum a capacidade de aprender a vocalizar sons
(sejam eles típicos da espécie ou não). Segundo o pesquisador, o que acontece
no cérebro dessas aves quando cantam é muito similar ao que ocorre em nosso
cérebro quando falamos.
Os
resultados do estudo anunciado durante a conferência ainda não foram
publicados, mas depois de analisar moléculas geradas por genes ativos em mais
de 4.700 amostras de tecido cerebral de mandarins-diamante e beija-flores –
alguns do Brasil – e compará-las com as do cérebro humano, Jarvis está seguro
de suas conclusões.
“Nossos
resultados apontam que comportamentos e conexões neurais associados à fala e ao
canto estão ligados a traços genéticos compartilhados por humanos e alguns
pássaros que estão separados de nós por três milhões de anos na história da
evolução [sic]” [segundo a cronologia evolucionista], diz. “Isso é incrível,
pois nem nossos parentes mais próximos, como os chimpanzés, têm essa habilidade
de aprender e reproduzir sons.” [Curioso, não? Mas é mais fácil acomodar as
constatações factuais ao modelo evolutivo do que rever esse modelo.]
Para
o cientista, a habilidade teria evoluído independentemente em humanos, pássaros
e outros animais que aprendem sons, como as baleias e os golfinhos. [Uau! Um
sistema tão complexo – pena que eles não o descrevem nesse texto – ter evoluído
em seres tão distintos, como aves, humanos e baleias, é como um milagre triplo!
E esse tipo de coisa ocorre também com o voo, a visão, etc.]
Jarvis
têm uma visão sobre a linguagem bem diferente do senso comum e da dos
linguistas. Para ele, a linguagem nada mais é do que “a capacidade de controlar
os movimentos da laringe para reproduzir sons”. Sendo assim, o pesquisador
explica que não há diferença entre o canto dos pássaros e a fala humana. [E o
que dizer dos neurônios especializados envolvidos no processo? E da capacidade
de decodificação desses sons? Limitar a linguagem a “nada mais” do que a “capacidade
de controlar os movimentos de laringe” é de um reducionismo absurdo.]
“As
definições de fala e linguagem falada são diferentes para a neurologia e a
linguística ou psicologia comportamental”, explica. “Quando se trata de
cérebro, linguagem e fala são a mesma coisa. O que diferencia os humanos e
esses pássaros dos demais animais é a habilidade de imitar sons. A capacidade
de entender a linguagem não é única dos humanos; cães e até galinhas podem
entender a linguagem e te obedecer quando você diz ‘senta’.” [Pois é, então a
coisa toda não se limita à laringe.]
Para
Jarvis, a diferença entre os beija-flores, mandarins-diamante e humanos está
apenas na complexidade da linguagem. “Acredito que esses pássaros têm um nível
de linguagem mais complexo do que o imaginado; nós não percebemos porque é um
trabalho duro medir a complexidade da vocalização de tantas espécies. Mas, dito
isso, eles ainda estão muito longe da complexidade que a linguagem humana
adquiriu.” [Adquiriu ou foi dotada?] [...]
Werker
aponta que enquanto a maioria das espécies, inclusive as estudadas por Jarvis,
usa sons para atrair parceiros para o acasalamento, somente os humanos usam a
linguagem majoritariamente para a comunicação. [Isso é claro, uma vez que
humanos são qualitativamente superiores aos animais.]
“É possível que no início da nossa
história evolutiva usássemos, assim como esses pássaros, a fala e o canto como
atrativos sexuais e depois passamos a usar como forma de comunicação também”,
sugere. “O interessante é tentar descobrir como se deu essa mudança.” [Aqui vêm
as especulações evolucionistas desprovidas de base factual. Como descobrir algo
que eles supõem ter ocorrido milhões de anos atrás? Não há como se fazer
observação e experimentação, como tudo que tem que ver com macroevolução.]
Nota:
Se você analisasse uma vitrola antiga, um toca-fitas (lembra?), um CD player e
um mp3, diria que um evoluiu do outro ou que todos trazes as “digitais” de um
criador? Pois é. Quando analisam semelhanças estruturais e genéticas entre
seres vivos “bem distantes na [fictícia] história evolutiva”, evolucionistas
concluem pela ancestralidade comum, mas isso é hipótese desprovida de evidência.
Pesquisadores criacionistas, analisando o mesmo fato concluem que o Criador
deixou Sua assinatura em todas as formas de vida e usou os mesmos sistemas que
funcionam bem em seres diferentes. Seres humanos não usam dez ferrovias para
despachar dez trens diferentes. Por que o Criador deveria fazer isso?[MB]