Que "ciência" é essa? |
O
editorial da Nature do
dia 15 de maio com o título “A ciência nas escolas” lança críticas aos
criacionistas e à organização Discovery Institute (que não é uma organização
criacionista, mas, sim, um instituto que propaga a teoria cientifica do Design
Inteligente), em particular, no preciso momento em que Eugenie Scott se
aposenta das suas funções na National Center for Science Education, ou NCSE
(que não é uma organização dedicada à educação, mas, sim, à censura de todas as
críticas científicas que possam ser lançadas contra a teoria da evolução). Além
das mentiras usuais proferidas pelos crentes evolucionistas (“a teoria da
evolução é ciência”, “criação é religião”, “vamos todos morrer se não
protegermos a teoria da evolução”, “todos os cientistas são evolucionistas”,
etc., etc.), os editores sugerem três coisas que os cientistas (= evolucionistas)
podem fazer para continuar a jihad de Eugenie Scott contra todos aqueles que
não acreditam que répteis evoluíram para pássaros, ou que animais terrestres
evoluíram para baleias:
1. Separar a teoria da
evolução do ateísmo. Os editores aplaudiram o golpe tático
de Eugenie Scott de remover as palavras “impessoal” e “sem supervisão” de uma
declaração emitida pela US National Association of Biology Teachers, quando descreveram
a seleção natural dessa forma (“impessoal” e “sem supervisão”). Não se dá
o caso de Eugenie acreditar no oposto (que a seleção natural é supervisionada
ou pessoal); ela apenas não queria que isso fosse uma arma usada pelos críticos
de Darwin quando eles mostrassem que a teoria da evolução nada mais é que um
movimento ateísta mascarado de ciência (que o é de fato, como se pode ler aqui,
aqui
e aqui).
Scott
alegou que existe uma “falsa dicotomia” entre os religiosos, alguns sendo
defensores da teoria da evolução, e os cientistas, alguns podendo até acreditar
na existência de um Poder Superior. Eugenie Scott, que é defensora do ateísmo,
alegou que “a ciência não pode lidar com essas questões”. Essa posição não
deixa de ser curiosa, especialmente se levarmos em conta que Eugenie Scott, além
de ser ateísta, alega que não existem evidências científicas para a existência de Deus.
2. Construir
coligações. A estratégia é vaga o suficientemente
de modo a permitir que os darwinistas pareçam conciliadores embora insistam que
sua visão permaneça sem contestação. Todos podem dizer o que bem entendem,
desde que todos digam as coisas certas. Outra estratégia é construir coligações
de pessoas com visões distintas de modo a fornecer perspectivas múltiplas. As
comunidades religiosas podem expressar sua preocupação com o fato de uma visão
religiosa estar sendo favorecida acima de outra. Os pais podem argumentar em
favor da consistência de pensamento e do futuro acadêmico dos filhos. Os
cientistas podem falar do processo científico e do porquê a exatidão escolar
ser importante, mas podem também participar – sempre que possível – como pais,
membros de uma comunidade ou pessoas de fé.
3. Levar a cabo medidas
de alcance. Essa terceira estratégia incentiva os
“cientistas” (= evolucionistas) a sair dos seus círculos profissionais e
interagir mais frequentemente com o público. Os mais “articulados”, que podem
explicar melhor a visão evolucionista, têm que ser reconhecidos e apoiados
pelas suas instituições; “eles têm que trazer consigo uma paixão quando
descrevem o trabalho que é mais suscetível de cativar o público”, muito
provavelmente a evolução dos dinossauros.
Surpreendentemente,
os editores usaram Stephen Jay Gould como um bom exemplo de evolucionista que
tentou alcançar o público. Gould, um evolucionista marxista, inflamou os outros
evolucionistas (tais como Richard Dawkins) com sua admissão honesta de que o
registo fóssil não dá qualquer tipo de suporte ao gradualismo darwiniano. A teoria
dele, com o nome de “equilíbrio pontuado” (punctuated
equilibria) mostrou que existiam desacordos muito fortes dentro da
comunidade evolucionista em torno do neodarwinismo.
No
bom espírito evolucionista, os editores do artigo na Nature mostraram que não dão qualquer tipo de apoio ou legitimidade
a debates ou diálogos em torno da credibilidade da teoria da evolução. Eles
terminam o artigo dizendo: “Com o apoio da NSCE, bem como de outros esforços
similares, os cientistas podem fomentar não só a educação cientifica, mas a
ciência em si.”
Tão
nobres eles são. Aparentemente, eles só querem fazer avançar a ciência e ajudar
as crianças. Quem no seu perfeito juízo seria contra isso? Obviamente, só
aqueles que sabem dos verdadeiros propósitos dos evolucionistas e do tipo de
“ciência” que eles querem fazer avançar. O ponto número 2 é bem elucidativo do
tipo de ciência particular que eles querem fomentar ao revelar que os vários
tipos de pessoas presentes na coligação dariam “perspectivas múltiplas” em
favor do ponto de vista aceitável: o evolucionista.
-
As “comunidades religiosas” mencionadas no artigo são congregações apóstatas
que, além de defender as mentiras de Darwin, dão apoio ao homossexualismo, ao
aborto e a todo o tipo de crenças que estão em contradição direta com a Bíblia
[eles poderiam mencionar aqui a guarda do domingo...]. Os evolucionistas querem
usar esses “cristãos” como forma de tentar (sem sucesso) passar a imagem de que
a teoria da evolução não é uma crença ateísta.
-
Os pais mencionados no artigo são os mesmos que se alinham com a esquerda
política e que gritarão como lhes é ordenado, afirmando que não querem que os filhos
recebam ensino religioso nas salas de aulas. Sim, porque mostrar os inúmeros
problemas científicos da teoria da evolução é “ensinar religião”.
Note-se
que a matéria da Nature não dá apoio
aos pais que defendem a liberdade acadêmica para criticar o darwinismo, mas,
sim, aos pais que dão seu apoio ao “pensamento claro” (isto é, pais que não se
alinham com os cientistas que falam dos problemas da teoria da evolução). Além
disso, o texto fala no “futuro acadêmico” passando a mensagem errada de que
criticar a cada vez mais frágil tese de que peixes evoluíram para pescadores
colocará em causa o sucesso profissional deles ou mesmo sua habilidade de obter
uma qualificação superior.
-
Os “cientistas” que os autores do artigo têm em mente são os mesmos
evolucionistas que rejeitam, a priori,
qualquer iniciativa que coloque as teses darwinistas sob escrutínio científico.
Esses são os mesmos que defendem o positivismo lógico, essa filosofia morta que
alega que o “processo científico” tem algum tipo de significado objetivo. O
“rigor científico” que eles têm em mente é o “rigor” na defesa dos pontos de
vista neodarwinistas.
Conclusão:
note-se que nenhum dos três pontos mencionados acima incentiva os
evolucionistas a desenvolver melhores esforços científicos de modo a obter
respostas para o que os críticos têm dito ao longo dos anos. Para os
darwinistas, responder cientificamente às questões levantadas está fora de
questão; seu plano é só de marketing
promocional e censura ideológica.
Isso
é o que se supõe ser uma teoria científica? Se a teoria da evolução é um
assunto que gira em torno de fatos biológicos, por que é necessário listar
estratégias para ensiná-la sem que ela seja exposta a críticas científicas?
Você já imaginou um físico (ou um químico) listando “estratégias” para
demonstrar a veracidade de uma lei ou de um fenómeno natural? Só com a
teoria da evolução é que esse tipo de coisa acontece. Por que será?