Semana
passada, repliquei aqui notícia publicada pelo site R7,
dando conta de que um Estado norte-americano teria aprovado o ensino do
criacionismo. Acabei indo “na onda” do jornalismo frequentemente enviesado da grande
mídia que nem sempre tem como objetivo o compromisso com a verdade. O título da
matéria da AFP é capcioso, tendencioso e mentiroso: a lei aprovada protege os
professores de ensinar quaisquer críticas científicas às teorias científicas previstas
pelos parâmetros curriculares. Ela expressa com todas as letras que a lei não
abre porta para o ensino de relatos de criação de textos sagrados, e nem sequer
o Design Inteligente é mencionado. (Clique aqui para
ler o texto da lei.)
O
R7 “pisou na bola” (e eu acabei chutando essa bola pisada...): a lei aprovada é
de liberdade acadêmica protegendo os professores de quaisquer sanções ou
punições por ensinar evidências contra as teorias científicas da origem e
evolução do Universo e da vida e sobre o aquecimento global (o que não é de
todo mal, já que a crítica – bem fundamentada – é útil para o aprendizado). Mas
não há nada de criacionismo e muito menos de Design Inteligente na lei. Que
interesse ideológico estaria por trás de uma noticia mentirosa como essa?[MB]