Os
evolucionistas afirmam que, à medida que o tempo vai avançando, as formas de
vida vão evoluindo e adquirindo capacidades e propriedades mais úteis. Levando
isso em conta, não deveria a perda de uma capacidade útil – como a visão – ser
considerada como o oposto do fenômeno evolutivo? Segundo algumas notícias
evolucionistas em torno de peixes cegos, não; a perda de informação genética e
a perda de capacidades úteis também servem de evidência para a teoria da
evolução. Evolucionistas compararam as sequências genéticas de 11 populações de
peixes da caverna (inglês: “cavefish” – Astyanax
mexicanus), que são uma variante cega do “tetra fish” mexicano, com dez
populações relacionadas que possuem a capacidade de ver. Uma vez que podem
gerar descendência entre si, então “são da mesma espécie” (“Advantages of
Living in the Dark: The Multiple Evolution Events of ‘Blind’ Cavefish”, New York University News Release, 20 de
janeiro de 2012).
Um
comunicado de imprensa da New York University atribuiu a perda de visão do
peixe à “evolução convergente”, que não faz qualquer tipo de sentido se a
evolução, segundo os neodarwinistas defendem, gerasse novas capacidades e
funções.
A
linhagem do peixe cego não termina num só ancestral. De fato, os autores do
estudo escreveram para a BMC Evolutionary
Biology o seguinte: “Os resultados demonstram que a população das cavernas
da região estudada surgiu pelo menos cinco vezes – e de forma independente – e
derivam de dois grupos de ancestrais” (Bradic, M. et al. 2012. “Gene flow and population structure in the Mexican
blind cavefish complex [Astyanax
mexicanus], BMC Evolutionary Biology
12: 9).
A
pesquisadora chefe Martina Bradic afirmou: “Quaisquer que tenham sido as
vantagens da condição invisual, elas podem explicar o porquê das populações
distintas de o peixe da caverna A.
mexicanus terem evoluído independentemente a mesma cegueira, um exemplo
muito forte de convergência evolutiva” (Bradic, M. et al. 2012).
Os
autores escreveram também que esses peixes “continuarão a ser uma fonte rica
para o estudo da evolução adaptativa” (Bradic, M. et al. 2012). Obter o sistema
de visão que os peixes possuem exige uma infusão enorme de informação, mas para
tornar o peixe cego basta a perda de alguma informação.
Como
é que a evolução pode ser uma explicação científica válida para essa observação,
quando ela é tida como a causa de dois efeitos totalmente opostos? Como é
possível que ambos os fenômenos (aquisição de informação e perda de informação)
possam ter precisamente a mesma causa natural?
O
estudo do peixe cego das cavernas pode, sem sombra de dúvidas, fornecer algum
tipo de luz a respeito da genética das variações e o potencial do peixe para se
adaptar e sobreviver nos mais variados ecossistemas. No entanto, como se supõe
que o “processo evolutivo” gere novas características ou desenvolva nova e útil
informação genética, a mera perda de capacidades e a variação de informação já
existente nunca deveriam ser classificadas como “evolução”.
Os
evolucionistas não podem de maneira nenhuma esperar que sua religião seja aceita como “ciência”,
quando ela não pode ser falsificada pelas observações científicas. Uma teoria
(e não disciplina científica) que acomoda duas conclusões mutuamente exclusivas
não é ciência.