Duas
notícias bizarras me chamaram a atenção hoje e me fizeram pensar em duas
coisas: ou estou ficando realmente velho ou é o fim do mundo mesmo – bem, na
verdade, são as duas coisas ao mesmo tempo.
A
primeira notícia, veiculada no portal G1, informa que “dezenas
de zumbis ‘invadiram’ o campus da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos,
na terça-feira (23), em um evento que, além de data e hora marcada, teve um
objetivo nobre: testar os conhecimentos dos alunos da Escola de Saúde Pública
da instituição sobre as técnicas de primeiros socorros e preparação para
emergências. Segundo a professora da universidade, Eden Wells, os alunos
matriculados na disciplina de epidemiologia e gestão de desastres na saúde
pública foram forçados a pensar além dos planos típicos de preparação e
resposta durante o exercício de ‘apocalipse zumbi’. [...] A ideia do
treinamento é inspirada em um currículo desenhado pelo Centro de Controle e
Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão do governo
norte-americano. O CDC explica que o curso usa a preparação contra um ataque de
zumbis para alcançar e engajar diversos públicos na necessidade de reagir a uma
tragédia inesperada.” As autoridades norte-americanas (e até a Nasa) andam muito preocupadas com
tragédias...
A outra notícia, publicada na
seção “Bem Estar”, também do G1,
trata da nova mania entre alguns jovens: aspirar preservativos pelo nariz e
depois retirá-los pela boca (como se não bastassem os jovens que consomem
álcool pelo reto e pela vagina). Segundo a matéria, “a
brincadeira, identificada geralmente como ‘condom challenge’ (desafio da
camisinha), é feita por adolescentes de diversos países, inclusive o Brasil”. [Mas]
“especialistas em otorrinolaringologia desaconselharam a brincadeira e
apontaram os riscos que ela pode trazer. Segundo eles, a prática pode causar
desde uma sinusite grave até, em tese, a obstrução do pulmão, o que, em último
caso, levaria o indivíduo à morte”.
Como disse, são notícias que me
fazem sentir em outro planeta – diferente daquele dos meus tempos de
jovem/adolescente. No meu tempo, também se faziam algumas “loucuras”, mas a
moçada hoje está “se superando” – sem contar a violência gratuita que leva um
assaltante a matar o assaltado, mesmo depois de ter levado dele o que queria
(indício de que a vida está cada vez mais desvalorizada); o número crescente de
estupros como “arma de guerra” e praticados até contra crianças; o aumento
assombroso das doenças sexualmente transmissíveis e dos comportamentos de risco e imorais; e por aí vai. Pelo visto, só falta mesmo o “apocalipse zumbi”. Mas
que o desfecho apocalíptico da história ocorra antes disso. Essa é a minha
esperança.[MB]