Cientistas
descobriram na China o fóssil do embrião de um dinossauro que data de
190 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. O achado pode
ajudar a explicar como era a fase inicial do desenvolvimento dos animais, ainda
dentro do ovo, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (10). O achado é “extraordinariamente
raro nos registros paleontológicos e é valioso tanto por sua antiguidade como
pela oportunidade que oferece de estudar a embriologia dos dinossauros”, disse
o paleontólogo canadense Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga,
em comunicado de imprensa da universidade australiana James Cook. A equipe
dirigida por Reisz, que era formada por cientistas da Alemanha, Austrália,
China e Taiwan, realizou escavações na província de Yunnan e analisou mais de
200 ossos de exemplares de dinossauros em diferentes períodos de
desenvolvimento embrionário, assim como a geologia da jazida.
“Trata-se
da primeira vez que podemos seguir o crescimento dos embriões de dinossauro à
medida em que se desenvolvem. Nosso descobrimento terá um forte impacto no
entendimento da biologia desses animais”, assinalou Reisz. A maioria dos
embriões de dinossauros estudados até o momento pertece ao Cretáceo, período
que se desenvolveu entre 145,5 milhões e 65,5 milhões de anos atrás,
aproximadamente [idem]. Por isso, o descobrimento na jazida situada próxima da
cidade de Lufeng, no sudoeste da China, representa uma grande novidade dado o
grau de antiguidade.
Os
ovos, que estão entre os mais antigos já encontrados, são muito pequenos, mas
se encontram em excelentes condições. Eles correspondem a 20 exemplares
embrionários da espécie Lufengosaurus (que significa “réptil de
Lufeng”), que foi o dinossauro mais comum na região durante a primeira etapa do
período Jurássico.
O
cientista australiano Eric Roberts, da Universidade James Cook, explicou que
seu estudo se centrou em analisar partes dos ossos e rochas que continham os
restos ósseos na busca de chaves vinculadas a sua preservação e entender o
ambiente, a idade e a causa da morte. “Desse modo pudemos compreender que o
leito ósseo se formou por uma inundação baixa e lenta de uma colônia de ninhos”,
ressaltou Roberts.
Assim,
os cientistas acharam diversos ossos desarticulados pertencentes a diferentes
ninhos e em diferentes períodos embrionários, o que permitiu à equipe de
cientistas internacionais estudar os padrões de crescimento.
Os
especialistas dirigidos por Reisz se concentraram na análise do maior osso
embrionário, o fêmur, e comprovaram que a taxa de crescimento duplicou em
tamanho de 12 a 24 milímetros enquanto o dinossauro se desenvolvia dentro do
ovo.
A
análise da anatomia e da estrutura interna também revelou que os músculos
tiveram um papel importante na forma do fêmur em desenvolvimento e que os
dinossauros, como as aves modernas, podiam se movimentar dentro do ovo.
Os
especialistas também acharam evidências de fibras de colágeno no fêmur, uma
proteína característica dos ossos, e que o chamado “réptil de Lufeng”, de
pescoço longo e que chegou a medir uns 8 metros, também tinha um período de
incubação muito curto.
Nota:
É digna de nota a preservação de embriões em tão boas
condições, a ponto de permitir o estudo de detalhes de sua anatomia. Uma
inundação “baixa e lenta” não parece explicar devidamente a fossilização desse
tipo, já que, à semelhança do que ocorre com animais adultos, é necessário que
o soterramento seja instantâneo, a fim de que o corpo (ou os embriões) não
fique exposto à ação dos decompositores e mesmo dos carniceiros. O mais curioso
é que, segundo o Dr. Ariel Roth, no livro Origens, foram encontrados ovos de dinossauros com
proteína identificável, que dificilmente poderia ter sido preservada durante
supostos milhões de anos (assim como tecidos moles deT-Rex, por exemplo).[MB]
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