Pesquisas
sobre infidelidade são sempre polêmicas. Até porque seus resultados podem ser
duvidosos – como saber quem realmente traiu se o entrevistado simplesmente
resolver mentir? Mas a última delas aponta que os números da traição estão
aumentando. Em uma pesquisa feita pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA em
2010, foi revelado que 19% dos homens traíam, enquanto, em relação às mulheres,
o número era de 14%. Em 2011, um estudo similar feito pela Universidade de
Indiana, mostrou que o número aumentou para 23% no caso dos homens e 19% no
caso das mulheres. Os motivos para a traição não são apenas os óbvios, mas
envolvem uma busca pela melhora da autoestima e a emoção de um novo
relacionamento. A mídia também parece
ter um papel importante no aumento desses números, mostrando a traição tanto do
homem quanto da mulher de forma mais aceitável.
De
acordo com os cientistas, uma mudança cultural pode estar a caminho. Mulheres
estão menos preocupadas com formas tradicionais de relacionamento e, cada vez
mais, existem os relacionamentos abertos. Curiosamente, homens podem estar
caminhando na direção oposta. 77% das moças disseram precisar de “espaço
pessoal” em seus namoros, contra 58% dos rapazes. Outro fator seriam as redes sociais e a internet, que expandem a
rede de possíveis parceiros.
Lembrando,
sempre, que esses números devem ser
ainda maiores pela quantidade de pessoas que mente em relação à traição.
Mesmo assim, os resultados mostram que ainda valorizamos a monogamia. Afinal,
mesmo com essa parcela de pessoas que admitem trair o parceiro/a, são 77% de
homens e 81% de mulheres que dizem não ter traído.
(Galileu)
Nota:
Se a traição é necessária para aumentar a autoestima e adicionar emoção ao
relacionamento, isso revela apenas uma coisa: as pessoas estão se tornando
incompetentes no quesito conquista – a arte de conquistar a mesma pessoa por
toda a vida (detalhe: pesquisas mostram que é justamente o sexo casual que
piora a autoestima, principalmente nas mulheres). Note que a mídia é apontada
como um dos fatores para essa triste situação, afinal, uma mentira
vista/ouvida/lida milhares de vezes acaba sendo aceita; as barreiras morais
acabam corroídas, o que facilita a concordância com o pecado. Cristãos podem e
devem mostrar que o casamento continua sendo uma bênção, mas devem tomar
cuidado para não seguir o fluxo do “mundo” no sentido de viver relacionados com
suas más influências: devem evitar assistir/ouvir/ler coisas que atentem contra
seus princípios ou que acabem enfraquecendo seu relacionamento conjugal. Devem,
isso sim, investir em seu casamento, orando juntos, lendo bons livros juntos,
cultivando o romance e o diálogo, etc. Cônjuges que se amam de verdade e que
têm a Deus como vínculo edificam uma blindagem contra a traição.[MB]