Nasci na bela ilha de Florianópolis, mas fui criada em um
bairro humilde da cidade vizinha de Palhoça, em Santa Catarina. Sou fruto de
uma gravidez inesperada e meus pais me criaram com muita dificuldade. Morávamos
numa casinha de madeira no terreno dos meus avôs paternos. Apesar de tudo, a
pobreza não foi nosso maior problema. Para mim, o pior foi a ausência de
religião no lar.
Quando tinha nove anos de idade, fui convidada pelo vizinho
para participar dos cultos que ele fazia com a família dele. Pedi autorização
aos meus pais e toda noite me unia àquela família para orar e ler trechos da
Bíblia. Especialmente as histórias do Gênesis me deixavam impressionada.
Comecei a mudar minhas atitudes e meus pais ficaram preocupados, achando que eu
estava ficando “fanática”. Proibiram-me de participar dos cultos e resolveram
rezar o terço em casa. Para o meu irmão e para mim, aqueles eram momentos muito
desagradáveis. “Tudo bem que a gente reze, mas não precisam ficar com essa cara
de tristes”, pedia ele. Eram minutos realmente maçantes e, com o tempo, meus
pais acabaram desistindo da ideia e tudo voltou a ser como antes. Que pena.
Perdemos uma grande chance de conhecer melhor a Deus. E meu encontro com o Deus
da Bíblia teria que esperar mais alguns anos. [Continue lendo]