Um
estudo desenvolvido na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos,
desvendou os processos químicos que levam o homem a manter uma ereção – até
agora, só eram conhecidos os fatores que faziam com que o pênis ficasse ereto,
mas não os necessários para mantê-lo dessa forma. Para os autores da pesquisa,
publicada nesta semana no periódico Proceedings
of the National Academy of Sciences (PNAS), a descoberta abre portas para
novas terapias capazes de ajudar pacientes que sofrem de disfunção erétil. De
acordo com os pesquisadores, a liberação de óxido nítrico, um neurotransmissor produzido no tecido
nervoso, provoca a ereção, pois relaxa os músculos, permitindo que o sangue
chegue ao pênis. “No entanto, sabíamos que esse era apenas um estímulo inicial.
Por isso, queríamos descobrir o que permite que a ereção se mantenha”, afirma o
coordenador do estudo, Arthur Burnett.
Ao
estudarem camundongos, Burnett e sua equipe descobriram que o sistema nervoso,
depois de liberar com estímulos físicos e do cérebro ondas de óxido nítrico,
produz uma cascata de substâncias
químicas que são geradas com a ereção, fazendo com que a liberação do
neurotransmissor continue por mais tempo, dentro de um modelo cíclico.
Embora
o estudo tenha sido feito com animais, Burnett afirma que a biologia básica da
ereção é a mesma entre roedores e seres humanos. “Agora, vinte anos depois de
descobrirmos a importância do óxido nítrico na ereção, sabemos que esse
neurotransmissor inicia um sistema cíclico, que continua a produzir ondas do
neurotransmissor”, diz o pesquisador. “Foi uma viagem de vinte anos para
completar a nossa compreensão desse processo. Agora, pode ser possível desenvolver
terapias para melhorar ou facilitar o processo”, diz Solomon Snyder, que
participou da pesquisa.
(Veja)
Nota: Já
é difícil explicar naturalisticamente a origem do sexo,
a perfeita interação óvulo-espermatozoide, o processo de gestação e outros milagres de complexidade
relacionados com a sexualidade e a reprodução, agora essa nova pesquisa
adiciona “pitadas” de design
inteligente ao assunto (aliás, quanto mais se estuda a vida, mais se percebe
que a ideia do acaso cego é absurda). Vamos à pergunta de sempre: O que “surgiu”
primeiro, o pênis ou o neurotransmissor que causa a ereção? Para que serviria
tanto um quanto o outro, antes que todo o sistema estivesse pronto,
interconectado e funcional? E mais: para que serviria
esse neurotransmissor (e o pênis), se o indivíduo fosse incapaz de manter a
ereção graças à tal “cascata de substâncias químicas”? Note que a ereção e a
manutenção dela não dependem de apenas uma
substância química. A verdade é que cada célula, cada tecido, cada órgão e cada
sistema dos seres vivos revelam as digitais, a assinatura de Quem os criou. Só
não vê quem decidiu tapar os olhos.[MB]