O
humor politicamente incorreto do filme “Ted”, protagonizado
por Mark Wahlberg, incomodou o deputado federal Protógenes Queiroz
(PCdoB). Delegado da PF, Protógenes iniciou uma campanha nas redes sociais
para impedir a exibição do filme no Brasil, uma espécie de “teje preso!” (sic)
virtual. Em nota oficial, a Universal Pictures, responsável pela produção,
afirmou que a Paramount Pictures, distribuidora no Brasil, seguiu o
procedimento oficial para a obtenção da classificação indicativa de Ted. “Submetido
à apreciação do Ministério da Justiça, o filme foi considerado inadequado para
menores de 16 anos por abordagem de drogas, conteúdo sexual e linguagem
imprópria.”
Dirigido
por Seth MacFarlane, o longa retrata a relação de amizade entre um
fracassado vendedor de carros e seu urso de pelúcia, que fala, anda e fuma
maconha. “O filme ‘Ted’ não está apropriado para nenhuma faixa
etária. Incentiva o consumo de drogas e crime, usando ainda ícones infantis”,
escreveu Queiroz em sua página no Twitter. O deputado federal criou a
hastag #forafilmeTed.
(Veja)
Nota: A liberdade de expressão, sem dúvida, é uma conquista importante alcançada a duras penas, mas tem gente que abusa disso. A ação do deputado Queiroz, embora "cheire" a censura (como transparece nas
entrelinhas irônicas da matéria de Veja), é mais a reação de um cidadão a outra produção hollywoodiana que
rebaixa os princípios morais com a novidade de agora utilizar um ícone
infantil. Hollywood continua firme em sua campanha pela libertinagem e na
divulgação de um estilo de vida pretensamente liberal que, na verdade, apenas
traz, no fim das contas, doença, frustração, sofrimento e famílias
desestruturadas. O mínimo que alguém que discorda desses antivalores pode fazer
é não assistir ao filme – e muitos outros de inspiração no mínimo duvidosa.
Pena que um possível efeito colateral da campanha de Queiroz possa ser maior propaganda
para a produção.[MB]