Bárbara se lançou no colo de Jesus |
Esta
história, na verdade, começa e termina no mesmo ponto. Nascida em uma
família tradicionalmente católica, eu e minha família sempre participamos
ativamente nas atividades dessa igreja. Coroinha, depois catequista, leitora na
missa, todas essas funções eu cheguei a desempenhar. Porém, Deus trabalha com
cada um de uma forma diferenciada. Aos 12 anos (aproximadamente) tive meu
primeiro contato com a Igreja Adventista, através do Michelson Borges. Em um
reencontro de um antigo grupo de amigos (que, na verdade, havia sido um grupo
de jovens católico), aquele então ainda “estranho” fez uma dinâmica com um
quebra-cabeça com a foto de uma família. Em seguida, conduziu uma bonita
mensagem espiritual. Achei aquilo incomum.
Anos
mais tarde, por meio de familiares que recomendaram, meu pai decidiu
me colocar no colégio adventista em Indaial, SC. Mal sabia ele que estava sendo
usado pelo Espírito Santo. Acima de tudo, o colégio adventista é um projeto do coração de
Deus! Lá encontrei uma equipe amiga, professores exemplares e ele: “sir”
Isaac Meira. Instigador, questionador e inteligente, o pastor Isaac deixou sua
marca enquanto esteve conosco. Conseguia envolver qualquer um com seus assuntos
polêmicos que sempre acabavam dando em um “lugar”: a palavra de
Deus. Paralelamente, o livro Nos
Bastidores da Mídia me surpreendeu e me abriu a mente quanto às façanhas do
inimigo para entrar em nossa vida. O não menos importante livreto Os Dez Mandamentos me chamou a atenção
para assuntos pouco esclarecidos: morte, sábado, Cristo...
Aos
poucos, os questionamentos foram surgindo – Maria, santos, sábado –, mas
ainda não era a hora. Ou talvez fosse? Só sei que Deus agia claramente
em minha vida e eu, relutante, não aceitava a mudança. Pedi sinais: “Senhor,
se essa é a igreja biblicamente correta, que essa pintinha saia do meu
rosto” (pinta de nascença, daquelas marronzinhas). Em uma semana já era visível a
diminuição da marca!
Certo
dia, já na faculdade, esperando no ponto de ônibus às 9h30
da noite, sob forte chuva, um senhor idoso passou de bicicleta e parou bem na
minha frente. Qual não foi a surpresa ao ver a revista que ele me entregou: Revista Adventista, com uma expressiva ilustração
da volta de Cristo. Naquela hora e naquele lugar? Logo depois, não vi
mais o homem...
E
a vida foi passando... Houve um afastamento do Criador, envolvimento com festas
e bebidas, coisas típicas da idade. Até que tive a grande oportunidade de fazer
um intercâmbio para a Irlanda.
Os
primeiros momentos foram de surpresa e conhecimento. Mas, com o passar do tempo,
o vazio voltou – e sempre volta, se
não for preenchido corretamente. Orei para que Deus me mostrasse uma igreja adventista
por lá. No dia seguinte, andando pela rua, ouvi um rapaz oferecendo check-ups médicos gratuitos para
brasileiros na Irlanda. Eu estava a uns oito minutos de casa e resolvi parar
para perguntar a que organização ele pertencia. Sim, ele pertencia à
Igreja Adventista do Sétimo! Porém, os falsos valores do mundo me tomaram
novamente e continuei na vida vazia de pecado.
No
retorno ao Brasil, sob efeito de certa “depressão pós-viagem” – algo bem comum
entre os “retornantes” –, resolvi entregar minha vida a Ele. Não havia mais
tempo, não havia mais espera. Em 15 de março de 2015, com muita alegria, enviei
minha foto de batismo ao Michelson, grande amigo e instrumento de Deus, com
certeza. Com paciência e alegria, ele sempre recebeu e respondeu meus e-mails,
muitas vezes de desabafo.
Por
que eu disse que esta história começa e termina no mesmo lugar? Hoje, dez anos depois,
tive a oportunidade de me encontrar novamente com o Michelson e sua linda
família, em uma conversa superagradável, no último dia de 2015. E mais uma vez foi
importante para mim, como aquele simples quebra-cabeças de família.
Uma
mensagem para você, leitor: Não espere! Não faça como eu! Todo tempo que você
perde é um dia a menos na presença dAquele que é o único que pode nos dar
esperança, alegria e amor. Deus é amor! Não existe amor longe dEle. Não existe
preenchimento. Hoje, mais do que nunca, é tempo de abandonar todas essas coisas
que você acredita serem boas, mas que podem estar destruindo sua vida.
Hoje
como conselheira de um clube de desbravadores, meu maior anseio é que nenhum
deles passe pelo que passei. Tantas tristezas e desilusões que poderiam ter
sido evitadas... Se eu pudesse dar um conselho, seria: “Se lance no colo de
Cristo!"
(Bárbara Berti mora em
Indaial, SC, é formada em Relações Internacionais e é filha de um amigo de infância
do jornalista Michelson Borges)