Nas telas é tudo muito bonito |
Estreou
ontem nos cinemas nacionais a superprodução “Os Dez mandamentos”, produzida a
partir da novela de mesmo nome, exibida com sucesso na TV Record, no ano
passado. Segundo reportagem do site Extra, transformar a novela em filme foi uma tática certeira da
emissora. Na pré-venda dos ingressos, só no mês de janeiro, foram vendidos mais
de cem mil ingressos por dia, um total de 2,3 milhões. A arrecadação extrapola
os 34 milhões de reais, só na fase inicial. Claro que os membros da Igreja Universal do Reino de Deus deram uma boa
força na divulgação e na venda de ingressos, conforme apontam alguns
jornalistas. Mas o fato é que o filme está na boca do povo e não deixa de ser interessante
ver o público comentando sobre a saga bíblica de Moisés e assistindo a algo
bem diferente do que está acostumado a ver nas salas de cinema. Mas há o
outro lado da moeda – sempre há.
Muitas
pessoas que estão se emocionando diante das telas e se maravilhando com os
efeitos especiais aplicados nas cenas das pragas e da abertura do Mar Vermelho
se esquecem de que a Bíblia anuncia, no Apocalipse, nova devastação do planeta,
desta vez com pragas globais que cairão sobre aqueles que desprezaram a graça
divina e viveram para praticar o mal. Muitas pessoas que encaram “Os Dez
Mandamentos” como mero entretenimento acham graça quando alguém lhes prega que
o mundo enfrentará novamente a ira divina e que precisamos seguir nosso
libertador Jesus, não mais simplesmente para fora do Egito, mas para fora de
uma vida de pecado, para fora da Babilônia mística e para uma vida de confiança
total na Palavra de Deus. Mas tem mais.
Na
semana passada, o testemunho de um goleiro recém-convertido ao adventismo ganhou
os meios de comunicação. Vítor escolheu a fidelidade a Deus em detrimento da
carreira promissora de jogador na série A. Segundo ele, os mandamentos de Deus,
que incluem a guarda do sábado, estão acima de seu trabalho, do dinheiro e da
fama. Vítor disse que obedecer à vontade de Deus e guardar o sábado fez dele um
melhor pai, com mais tempo para a família; um melhor cidadão e um melhor
cristão. Sua comunhão com Deus se aprofundou e seu testemunho dividiu opiniões.
Foi
interessante ler em sites e nas redes sociais alguns comentários de pessoas que
consideram a atitude do Vítor fanática, extremista e até fundamentalista. Pessoas
que dizem que Deus não quer que Seus filhos percam empregos ou oportunidades.
Creio que entre esses críticos deve haver quem tenha acompanhado com interesse
a novela da Record ou assistido com entusiasmo o filme derivado dela. Na tela,
em forma de espetáculo, é muito bonito ver um homem abrir mão da vida palaciana
para viver num deserto, pastoreando ovelhas. É muito bonito ver um homem
obedecer a uma ordem aparentemente absurda de enfrentar o maior império da
época para libertar seu povo da escravidão. É muito bonito ver os hebreus
pintar com o sangue do cordeiro a porta de suas casas. É maravilhoso ver Moisés
subir o monte para receber as tábuas com a santa lei de Deus que deveria
nortear a vida da humanidade, não apenas dos judeus, dos adventistas ou de qualquer outra pessoa que queira guardar todos os mandamentos bíblicos.
Mas,
quando um homem de verdade, na vida real, não nas telas, decide aplicar na vida
dele o sangue do “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1:29) e resolve
firmemente ser fiel à lei do Criador do Universo, passa a ser alvo de críticas
e escárnio por parte de alguns telespectadores que se dizem cristãos, mas
seguem uma religião conveniente, de fim de semana. Uma religião que mais parece
filme feito para entreter.
Jesus
voltará em breve para buscar o povo que O aguarda com perseverança e que guarda
Seus mandamentos, conforme está escrito em Apocalipse 14:12. E isso não é
filme. Não é novela nem ficção. É uma promessa do Criador.