Ele se afastou de Deus |
“Lamento ter de informá-lo que não acredito na Bíblia como
revelação divina e, portanto, tampouco em Jesus Cristo como o filho de Deus.
Atenciosamente. Charles Darwin.” Era 1880 e o respeitado cientista não tinha
problemas em negar com absoluta clareza, de próprio punho, sua falta de fé. A
carta, leiloada em Nova York, foi enviada ao jovem advogado Francis McDermott,
que antes de embarcar na leitura de seus livros exigiu uma resposta clara –
“sim ou não” – sobre se o naturalista acreditava no Novo Testamento, enquanto
prometia não tornar pública sua resposta. O cientista inglês, célebre pelo
livro A Origem das Espécies, escreveu essa carta dois anos antes de
morrer e apesar do zelo que sempre mostrara ao falar publicamente sobre
assuntos religiosos. A carta dirigida a McDermott só se tornou pública um
século depois que Darwin a enviou.
Apenas um mês antes de escrever essa carta, Darwin escreveu ao
notório ateu Edward Aveling: “Sempre foi minha intenção evitar escrever sobre
religião, e me limitei à ciência.”
Darwin estudou Teologia no Christ’s College de Cambridge por
sugestão do pai, mas preferiu dedicar seu tempo a coletar amostras juntamente
com um círculo seleto de naturalistas. Foi o mentor de Darwin, John Henslow, um
clérigo e professor em Cambridge, que convidou o jovem quando ele tinha 22 anos
para embarcar na histórica viagem do Beagle. A Origem das
Espécies foi publicada em 1859 [com os primeiros esboços feitos em
1844], e desde então a fé de Darwin tornou-se assunto de controvérsia pública.
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