Abertura do Encontro de Criacionistas |
Cientistas, professores
e teólogos se reúnem em São Paulo para apresentar pesquisas e evidências
que confirmam o relato bíblico das origens
O
Núcleo de Estudo das Origens organizou entre os dias 21 e 24 de janeiro o 8º
Encontro Nacional de Criacionistas. O evento é realizado a cada três anos no
Unasp, campus São Paulo, e atrai cientistas, professores, pastores e outros
interessados de todo o país. Com o tema “A Complexidade do Mundo Vivo e as
Digitais do Criador”, o encontro atraiu mais de 350 participantes. Logo no
início da programação, o Dr. James Gibson, diretor do Geoscience Research
Institute (Instituto de Pesquisa em Geociência), destacou as diversas
evidências de design inteligente
que podem ser encontradas no Universo. Para ele, uma abordagem mais ampla do
Universo, abrangendo tanto o macrocosmo (as galáxias e sistemas solares) quanto
o microcosmo (partículas quânticas e o DNA), é a melhor estratégia para
discutir as evidências de um Criador inteligente.
O
próprio surgimento do Universo, a atuação de forças universais (como a
entropia), a regulagem precisa de todos os parâmetros e propriedades matemáticas
que governam a matéria, as características especiais que permitem a existência
da vida no planeta e a complexidade da linguagem e dos processos genéticos, são
elementos que constroem um argumento convincente para a existência de um
Criador.
Para
ele, as dificuldades enfrentadas pelos evolucionistas para explicar a origem da
vida, a reprodução sexual, o surgimento de novos órgãos, ou as características
que são tão peculiarmente humanas, como a autoconsciência, a moralidade, a
religiosidade e a capacidade de planejar atividades futuras, apenas reforçam a
improbabilidade de um processo natural ter produzido a vida e toda a sua
variedade.
Entre
os palestrantes nacionais, Tarcísio Vieira, biólogo e doutorando em Química,
discutiu a inviabilidade de algumas propostas para a origem espontânea da
vida mais comuns e presentes nos livros adotados em escolas e universidades no
Brasil. Ele argumentou que, embora seja possível produzir aminoácidos
espontaneamente, como foi demonstrado, por exemplo, nos experimentos de
Stanley Miller, em 1952, a organização dessas moléculas em moléculas maiores,
de importância biológica (biopolímeros), como proteínas e enzimas, é inviável
do ponto de vista químico.
Como proposto
por muitos simpatizantes da ideia de uma origem espontânea da vida, sob as
condições certas, dado tempo suficiente, a vida poderia ter surgido a partir de
compostos orgânicos, como aminoácidos e proteínas, formados em um ambiente
primordial. No entanto, Tarcísio mostra que a mera possibilidade da
formação espontânea de aminoácidos não deveria ser associada à ideia de um
suposto surgimento espontâneo da vida.
Segundo
ele, é fato que fenômenos naturais, como relâmpagos e raios, podem, sob
certas condições, produzir aminoácidos. No entanto, ele explicou que as características
químicas dessas moléculas e as reações necessárias para a formação de
proteínas, tornam quimicamente inviáveis quaisquer reações de agrupamento
espontâneo de aminoácidos visando à formação de biopolímeros de interesse
biológico. “Contudo, todas essas restrições e obstáculos são superados no
ambiente celular dos seres vivos de forma muito inteligente, revelando a
existência de projeto e intencionalidade”, afirmou o pesquisador.
Outra
restrição discutida por Vieira teve que ver com os longos períodos de tempo
sugeridos para a hipotética geração espontânea da vida. De acordo com ele,
o processo de formação de moléculas orgânicas encontradas no RNA é muito
instável nas condições propostas para a suposta Terra pré-biótica. “Conforme o próprio
Miller confessou mais tarde, adenina, citosina, guanina e uracila ‘não poderiam
ter sido utilizadas no início da vida na Terra’”, ponderou. Portanto, afirmar
que a vida é fruto do acaso, da mera ação das leis naturais, concluiu Tarcísio,
“não está em acordo com o conhecimento químico, sendo, na verdade, crença e
superstição”.
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