Sábado é bíblico, domingo é tradição |
Os adventistas do sétimo dia são
conhecidos como uma das poucas denominações cristãs no mundo a ensinar e a
ressaltar a validade do sábado como dia de guarda. A argumentação adventista é
baseada no próprio texto bíblico, em livros como Gênesis e Êxodo. E esse
princípio foi destacado, na edição do dia 26 deste mês da Folha de S. Paulo, na coluna de Reinaldo José Lopes. O jornalista
assina a coluna “Darwin e Deus” na qual se propõe escrever sobre
teoria da evolução, ciência e religião. Nessa edição, ele respondeu a duas
perguntas de leitores. Uma relacionada à [suposta] fundamentação bíblica para
canonização dos chamados santos. E a outra que questiona se é correto a maioria
dos cristãos ter escolhido o domingo, e não o sábado, como dia santo. Em sua
resposta, Lopes afirma que “de fato, a versão bíblica dos Dez Mandamentos se
refere ao sábado, o último dia da semana, e não ao primeiro (que não se chamava
domingo porque essa palavra significa originalmente ‘dia do Senhor’ e Senhor
nesse contexto quer dizer Jesus, não Deus Pai)”. Por outro lado, o colunista
explica que “Jesus, segundo a crença cristã, teria ressuscitado no primeiro dia
da semana. Isso fez com que, logo nos primeiros séculos do cristianismo, reuniões
para rememorar a morte e a ressurreição de Jesus acontecessem no domingo”.
O jornalista afirma ainda, na
resposta ao leitor, que “nem todos os cristãos seguem essa tradição – os adventistas, por exemplo, advogam que ainda se deve
guardar o sábado”.
O pastor Herbert Boger, diretor da
área de Mordomia Cristã da Igreja Adventista em oito países sul-americanos, comentou a matéria. A área dirigida por Boger contempla
ações de motivação para que as pessoas compreendam a importância da guarda do
sábado e vejam essa prática como uma evidência de fidelidade aos princípios
deixados por Deus. Na avaliação dele, a menção foi importante porque, “como
adventistas do sétimo dia, seguimos todos os princípios, valores e ensinamentos
de Jesus Cristo registrados na Bíblia. O pastor lembra, ainda, que no próprio
relato dos primeiros cristãos, depois da morte e ascensão de Jesus, o sábado é
apresentado como um dia especial de adoração e descanso. “No livro dos Atos dos
Apóstolos, por exemplo, existem mais de 80 referências ao sábado pós-morte de
Jesus. Cremos que o sábado é eterno. Ele foi criado para o bem de todos que
descansam nesse dia de renovação espiritual e antiestresse”, salienta.
(Felipe
Lemos, ASN)
Se quiser saber mais sobre o sábado e sua vigência ao longo da História,
assista ao vídeo abaixo.