Estátua de John Harvard |
Em
outubro de 2013, fui convidado a dirigir uma semana de oração (série de
pregações) na cidade de Worcester, a 75 km de Boston, no estado de
Massachusetts. Foi minha primeira viagem aos Estados Unidos e minha primeira
oportunidade real de “gastar” um pouco do meu inglês de escola. Do Brasil até
Miami, foi tranquilo. Muita gente falava espanhol. Mas no voo de Miami a Boston
bateu aquele friozinho na barriga. “Agora não tem jeito. Se alguém puxar
assunto comigo ou se eu tiver que pedir alguma informação, vai ter que ser.” E
foi. O negócio é controlar o medo e meter a cara mesmo. Deixar a vergonha de
lado e, se necessário, pedir: “Can you repeat, please?” Worcester
(pronuncia-se “Uuster”) tem pouco menos de 200 mil habitantes e é a
segunda maior cidade da Nova Inglaterra, no Nordeste dos Estados
Unidos, ficando atrás apenas de Boston. Apesar de não muito grande, a cidade
tem várias faculdades e universidades, destacando-se a Clark University, onde
ensinaram Franz Boas, Robert Goddard e Albert Abraham
Michelson. Sim, Michelson. O cientista que inspirou meu nome, quando minha mãe,
grávida de mim, folheava uma enciclopédia científica. Na Clark University foi
fundada a American Psychological Association, por G. Stanley Hall.
Durante
a semana de pregações, pude visitar de dia alguns lugares, como a bela estação
de trem da cidade (Union Station) e o Worcester Art Museum, onde descobri que o
criador da mundialmente famosa carinha amarela com um sorriso (o smiley)
era cidadão “worcestiano”. Na década de 1960, o designer Harvey Ross
Ball foi contratado pela companhia de seguros State Mutual Life Assurance com o
objetivo de desenvolver uma campanha para combater o ambiente depressivo da
cidade. Assim nasceu a carinha amarela que passou a estampar o crachá dos
funcionários. Reza a lenda que Ball não levou mais do que dez minutos para
criar a carinha e recebeu 45 dólares pelo desenho. Se ele soubesse o
sucesso que ela faria…
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